O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, minimizou o resultado da
pesquisa Datafolha, na qual o candidato do PSDB à sua sucessão, José
Serra, a quem apoia, perdeu pontos para o adversário do PRB, Celso
Russomanno. Serra saiu do primeiro lugar na preferência do eleitor, e
agora está com 27% de apoio, enquanto Russomanno subiu e está com 31%
dos votos.
O prefeito entende que, numa cidade
como São Paulo, as eleições começam com mais vigor a partir desta
terça-feira, com a exibição do horário eleitoral no rádio e na TV. "A
própria pesquisa mostra um empate técnico, que já existia nas nossas
pesquisas internas há duas ou três semanas", afirmou. "Não é uma
novidade dos últimos dias". Kassab lembrou que, em São Paulo, nos
últimos dois meses, a polarização entre Serra e Russomanno era do
conhecimento de todos. "Mas que agora precisa ser consolidada, ou não,
para a finalização do primeiro turno", disse.
Ele prevê que
a tendência atual é a de Serra ir para o segundo turno, favorecido
pelas realizações de seus últimos anos na Prefeitura, que "serão agora
apresentadas no horário eleitoral gratuito". Mas ressalvou a necessidade
de o tucano diminuir o nível de rejeição, de 37% em julho. "Ao longo da
campanha isso diminui. Se a rejeição não diminuir é porque ele não vai
ganhar as eleições. Mas acho que o Serra está no piso, e não no teto",
alegou.
No final da entrevista, na saída do gabinete do
presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o prefeito de São Paulo
mudou o tom e deixou claro que nem ele próprio acredita nas suas
previsões: "Nem ele (Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de
São Paulo) nem ninguém tem essa certeza. Nem o Serra tem certeza que vai
para o segundo turno. É um grande equívoco afirmar que tem certeza que
vai para o segundo turno."
Sobre o apoio do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva a Haddad, Kassab disse que o "apoiamento
apenas não resolve eleição". "A performance do candidato é importante,
conhecer a vida e ter propostas." E acrescentou que ainda é cedo para
saber quem será o concorrente do segundo turno, se Russomanno ou
Fernando Haddad. "A minha impressão é que eleição pode tudo", afirmou.
"Então o candidato que não tem humildade em relação ao eleitor
geralmente quebra a cara. Ninguém está garantido para o segundo turno".
Kassab
visitou Sarney antes de participar de reunião com a ministra do
Planejamento Miriam Belchior com prefeitos e governadores para discutir o
PAC Prevenção, destinado às cidades atingidas por alagamentos e
inundações.
Do Yahoo

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