Candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Paulinho da Força
(PDT), o médico do Corinthians, Joaquim Grava, afirmou não ter
esperanças de vencer estas eleições, sob a justificativa de que é uma
pessoa "realista". Dentre os concorrentes com melhor colocação nas
pesquisas, Fernando Haddad (PT) é o que, na sua avaliação pessoal,
mereceria seu apoio num eventual segundo turno. "Pelo seu envolvimento
com o governo federal, teria mais acesso aos recursos", disse, numa
alusão ao apoio da presidente Dilma Rousseff à candidatura petista. No
entanto, acredita que o melhor prefeito para São Paulo, depois de
Paulinho, seria Gabriel Chalita (candidato do PMDB) "pela capacidade,
pela jovialidade e pelas intenções".
Em um
contraponto aos elogios a Chalita e a Haddad, Grava não poupou críticas
ao atual líder nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PRB,
Celso Russomanno. Questionado sobre como vê essa liderança de
Russomanno, considerado por analistas como o fenômeno deste pleito, o
vice de Paulinho cravou: "O único fenômeno que eu conheço é o Ronaldo
(ex-craque da seleção e do Corinthians)". E continuou: "Não gosto desse
rapaz (Russomanno). Não gosto da postura dele. Quando ele fala não
parece verdadeiro, parece que quer utilizar a cidade de São Paulo. E o
partido dele é lamentável." Ao falar sobre José Serra (PSDB), frisou:
"Foi um grande político, mas tem que saber a hora de parar."
Joaquim
Grava, que foi o primeiro candidato a vice no pleito em São Paulo a ser
entrevistado nesta terça-feira para a série de Entrevistas Estadão,
falou também da participação dos chamados padrinhos políticos nesta
campanha. E disse não apoiar a superexposição do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) na campanha de Fernando Haddad. "Lula tinha
que ficar no lugar dele. Fez um excelente governo, é um dos exemplos
desse País. Poderia dar apoio, mas não pode se expor muito, até porque a
própria doença dele exige descanso", afirmou.
Ao falar de
seus planos políticos, o vice na chapa de Paulinho disse que essa será
sua "primeira e última eleição", pois não tem planos de continuar na
vida política. "Estou aproveitando a oportunidade porque (a minha
candidatura) é uma base para o Paulo (Paulinho da Força). Ele é jovem,
bem intencionado", defendeu. Grava disse não cogitar sequer
candidatar-se a vereador. "Para quê? Para dar nome a rua, praça?",
ironizou.
Secretaria da doença
Na sua
avaliação, um dos maiores problemas enfrentados pela população é na área
da saúde, sua especialidade. Ele disse que não adianta construir novos
hospitais se os já existentes não funcionam direito, sem médicos e
equipamentos. E defendeu até mesmo a mudança no atual modelo dessa
secretaria. "Secretaria da Saúde é a que dá vitamina, promove o esporte.
Teria de ter uma secretaria da doença", propôs. Indagado se aceitaria o
cargo de secretário dessa pasta, disse que sim. Grava argumentou que
conseguiria, no prazo de um mês, diminuir em até 28% o tempo de espera
dos pacientes. "Em três anos deixaria os hospitais de São Paulo em
condições de atender a população."
Apesar das críticas que
fez à atual gestão municipal, o vice de Paulinho informou que na eleição
municipal passada votou em Gilberto Kassab (PSD). E disse não estar
arrependido. Mesmo assim, criticou a promessa que ele fez de construir
três novos hospitais. "Ele não ia construir nada. Não temos tempo hábil
para fazer isso. Isso é uma brincadeira, é um engodo", argumentou. E
voltou às críticas: "Políticos são mentirosos e o povo de São Paulo
acredita em mentiras, infelizmente", ponderando: Paulinho (candidato do
PDT) não promete muito. Não está prometendo nada, está com os pés no
chão."
Do Yahoo
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