Guerrilheiro Virtual

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O mensalão e as eleições entram na reta final

Do Balaio do Kotscho
Ricardo Kotscho
Em tempo (às 14h30):

Até me esqueci de lembrar aos amigos que é amanhã, sábado, o 4º Encontrão do Balaio organizado pelos leitores deste blog.

Vai ser no Bar do Justo: rua Alferes Magalhães, 25, em Santana, a partir das 12 horas.

Estão todos convidados e não paga nada para entrar — só para sair...
Até lá.
Abraços,
Ricardo Kotscho
***
kotscho 14092012 O mensalão e as eleições entram na reta final
Não por acaso, claro, o julgamento do mensalão e a campanha eleitoral entram concomitantemente em suas fases decisivas na próxima semana. E vão fazer o possível para que as sentenças dos réus saiam junto com a abertura das urnas eletrônicas.

Não por acaso, também, o mensalão tornou-se o carro-chefe do discurso de José Serra e outros tucanos na televisão para conter a sangria de votos que ameaça deixar o PSDB fora do segundo turno em São Paulo.

Os mesmos setores do Judiciário, da imprensa e dos partidos de oposição, que pressionaram o STF para colocar em julgamento ainda este ano o processo do PT, antes que entrasse em pauta o mensalão tucano, que é sete anos mais antigo, agora têm pressa para anunciar logo as condenações.

Para isso, o ministro relator Joaquim Barbosa, que se comporta mais como assistente de acusação do procurador-geral Roberto Gurgel do que como juiz, até está pedindo a marcação de sessões extras.

Até agora, após 23 sessões, foram julgados — e quase todos condenados — os réus dos núcleos publicitário e financeiro do chamado valerioduto que teria abastecido o mensalão petista.

No fatiamento do processo, o relator adotou a velha fórmula do "como queria demonstrar", criando as condições para a condenação dos réus do núcleo político que começam a ser julgados na próxima segunda-feira.

É a parte central do processo em que os 10 ministros do STF decidirão se os recursos do valerioduto foram utilizados para a compra de apoio político no Congresso, como acusou o procurador-geral, ou para pagar despesas de campanhas eleitorais, a tese do "caixa dois" apresentada pelos advogados de defesa.

Pelo andar da carruagem, ao encampar a denúncia de Roberto Jefferson, que deu origem ao processo, Joaquim Barbosa mais uma vez deve receber o apoio da maioria dos ministros, que estão fechados em torno dos votos do relator, como mostra o placar de 8 a 2 que vai se repetindo a cada condenação, quando não registra a unanimidade.

Eles nem disfarçam mais: a euforia dos porta-vozes da oposição na mídia com o julgamento do mensalão contrasta com seu inconformismo a cada divulgação de nova pesquisa em que seu candidato cai e aumentam os índices de rejeição.

Como não sou juiz nem advogado, e não tenho diploma de nada, também não me meto a comentar nem entrar no mérito das decisões do STF. Limito-me a registrar os fatos como os fatos são. Espero apenas que a Justiça seja igual para todos e não apenas um instrumento de vingança eleitoral.

Por falar nisso, e o mensalão tucano, que é de 1998, quando foi criado o tal do valerioduto? Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém toca mais no assunto. Se o principal argumento para apressar o julgamento do mensalão do PT, denunciado em 2005, foi o de evitar a prescrição dos crimes, o que dizer do processo envolvendo os políticos do PSDB? (Grifo do ContrpontoPIG)

Faço estas perguntas já sem esperanças de ouvir respostas nas colunas dos jornais, das emissoras e das revistas abrigados no Instituto Millenium, o grêmio recreativo dos barões da imprensa que não se conformam de ter perdido o poder.
 
Se algum leitor do nosso Balaio souber me responder, por favor escreva para este blog.

Bom final de semana a todos.

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