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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Nem a ditadura militar ousou dar o golpe constitucional do tucano FHC, que comprou a emenda de sua reeleição

A prova do crime dos tucanos: Capa da Folha de 1997 destaca 'Deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil'

Taí a prova do crime, a capa da Folha do dia 13 de maio de 1997, com a manchete destacando a compra de votos para a emenda da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, crime até hoje impune.

Assim como até hoje continuam impunes outros crimes cometidos durante o governo FHC-Serra, como os do Banestado, os escândalos das Sanguessugas, a Operação Vampiro, as ambulâncias superfaturadas, a escandalosa venda (melhor, doação) das empresas públicas, especialmente a Vale do Rio Doce, a Lista de Furnas, o mensalão tucano em Minas, que irrigou a campanha de FHC.

PSDB, o partido com o maior número de fichas-sujas, nunca sentou no banco dos réus por nenhum desses crimes, enquanto a mídia corporativa se delicia com o julgamento e a condenação de deputados da base aliada do governo Lula, mas especialmente de petistas.

Sobre a compra de votos de deputados a favor da emenda da reeleição escrevi aqui:
A ditadura civil-militar governou nosso país de 1964 a 1985. Foram 21 anos de golpe, tortura, violência, censura, prisões arbitrárias, exílio, assassinatos. Judiciário, Legislativo, imprensa, movimentos sindicais, estudantis, tudo censurado, reprimido.

Mas uma coisa os militares não ousaram, rasgar a Constituição e impor a reeleição. Havia eleições, indiretas, impostas, mas saía um ditador, entrava outro.


Somente com o Príncipe dos Sociólogos, o ídolo dos ídolos de nossa mídia corporativa, o homem que vendeu o Brasil e não recebeu, Fernando Henrique Cardoso, é que o Brasil rasgou a Constituição e, através de uma emenda comprada, com dinheiro vivo, de corrupção, a reeleição passou a valer no Brasil, e já para Fernando Henrique.


Como disse, nem os militares, que torturaram, exilaram, assassinaram, ousaram tanto.


No Norte, nos estados do Amazonas, Acre, Roraima, deputados foram comprados por R$ 200 mil cada, segundo reportagem publicada pela Folha. Fernando Rodrigues teve acesso às gravações que mostraram todo o esquema.


Se foi assim no Norte, quanto não foi negociado no restante do país?


Confira aqui a reportagem de maio de 1997 de Fernando Rodrigues:
A seguir, trecho incial da reportagem:

O deputado Ronivon Santiago (PFL-AC) vendeu o seu voto a favor da emenda da reeleição por R$ 200 mil, segundo relatou a um amigo. A conversa foi gravada e a Folha teve acesso à fita. 
Ronivon afirma que recebeu R$ 100 mil em dinheiro. O restante, outros R$ 100 mil, seriam pagos por uma empreiteira -a CM, que tinha pagamentos para receber do governo do Acre.  
Os compradores do voto de Ronivon, segundo ele próprio, foram dois governadores: Orleir Cameli (sem partido), do Acre, e Amazonino Mendes (PFL), do Amazonas. 
Todas essas informações constam de gravações de conversas entre o deputado Ronivon Santiago e uma pessoa que mantém contatos regulares com ele. As fitas originais estão em poder da Folha. 
O interlocutor do deputado não quer que o seu nome seja revelado. Essas conversas gravadas com Ronivon aconteceram ao longo dos últimos meses, em diversas oportunidades.
Esse sim é o maior escândalo de corrupção de nosso país.

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