Primeiro, foi José Eduardo Cardoso. Agora, Aloisio Mercadante.
Os dois tentando dizer que a Presidenta Dilma Rousseff não sugeriu uma Constituinte restrita para fazer a reforma política.
Pode até não ter condições políticas de fazer, tal é a ousadia democrática da proposta.
Mas está certíssima em querer e mais ainda em propor, como propôs ontem.
Nem o Congresso nem a mídia têm condições de barrar, na opinião pública, a simpatia que a proposta despertou.
Até Joaquim Barbosa, na entrevista dada hoje, deixou claro que, sem
povo, não haverá vontade política de mudar, será conchavo das elites
políticas. E o novo Ministro do Supremo, Luis Roberto Barroso, disse não
ver problemas numa constituinte convocada com votação popular.
Um dos lugares mais hostis ao Governo Dilma e a Lula – quem lê, sabe – são os comentários dos leitores da Folha Online.
Pois até lá, como você vê na imagem, a proposta de Dilma tem a simpatia da maioria.
Se este grupo de temerosos frustrar o desejo da presidenta de chamar o
povo para o processo político triunfar prestará um grande desserviço ao
Brasil.
Se o povo, pelo plebiscito, não puder transferir para um órgão autônomo
o poder de reorganizar a vida político-representativa do País, por
mais que um plebiscito decida fazer A, B ou C medidas, isso vai cair na
máquina de moer intenções do Congresso e criança sai de lá toda
tortinha.
Além, é claro, de fazer o Governo – principal avalista das propostas
perante a população – absorver os ônus de uma mudança que faça tudo
permanecer igual.
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