OPINIÃO
Tem coisa que o dinheiro não compra.
Educação formal, diploma, o tal do "canudo de papel", tudo isso pode ser adquirido em módicas prestações mensais nas espeluncas universitárias que pululam em cada esquina, depois da vertiginosa expansão do ensino superior privado no governo FHC.
Mas elegância interna, respeito, educação, civilidade, boas maneiras... o tal de "berço", não está à venda em lugar algum. Ou você tem ou você não tem. Isso vem em geral da família, dos ascendentes, daqueles que nos criam e nos transmitem valores imperecíveis. E deve ser também cultivado na escola, com bons professores, professores dignos, que detenham estes valores.
Exatamente por isto esta escritora e blogueira que vos fala não concorda com o peso exagerado que os governos (todos) costumam dar à economia na gestão de um país.
Claro que é desejável e até imprescindível a estabilidade econômica, o acesso das classes despossuídas a emprego, salários, escolas, bens de consumo, mas um governo (qualquer um) deveria se ocupar mais com o "índice de felicidade" de um povo, do que com o índice inflacionário, por exemplo. E deveria ir além, se preocupando prioritariamente com políticas que promovessem o SER, mais do que o TER.
Tem coisa que o dinheiro não compra.
Os que vaiaram a presidenta Dilma no estádio de Brasília não eram despossuídos. Era gente privilegiada, diplomada, com dinheiro no banco, casa equipada com os mais modernos eletrodomésticos, carros na garagem (até de luxo!), gente que compra em shopping, se veste com grifes famosas etc. etc. Mas não sabe se portar num evento internacional, não aprendeu a respeitar autoridades e, pior, não se deu conta de que a presidenta Dilma Rousseff, ali, representava todos nós, representava o Brasil.
Elite tosca e mesquinha.
Endinheirada, diplomada.
Mas sem educação.
Educação formal, diploma, o tal do "canudo de papel", tudo isso pode ser adquirido em módicas prestações mensais nas espeluncas universitárias que pululam em cada esquina, depois da vertiginosa expansão do ensino superior privado no governo FHC.
Mas elegância interna, respeito, educação, civilidade, boas maneiras... o tal de "berço", não está à venda em lugar algum. Ou você tem ou você não tem. Isso vem em geral da família, dos ascendentes, daqueles que nos criam e nos transmitem valores imperecíveis. E deve ser também cultivado na escola, com bons professores, professores dignos, que detenham estes valores.
Exatamente por isto esta escritora e blogueira que vos fala não concorda com o peso exagerado que os governos (todos) costumam dar à economia na gestão de um país.
Claro que é desejável e até imprescindível a estabilidade econômica, o acesso das classes despossuídas a emprego, salários, escolas, bens de consumo, mas um governo (qualquer um) deveria se ocupar mais com o "índice de felicidade" de um povo, do que com o índice inflacionário, por exemplo. E deveria ir além, se preocupando prioritariamente com políticas que promovessem o SER, mais do que o TER.
Tem coisa que o dinheiro não compra.
Os que vaiaram a presidenta Dilma no estádio de Brasília não eram despossuídos. Era gente privilegiada, diplomada, com dinheiro no banco, casa equipada com os mais modernos eletrodomésticos, carros na garagem (até de luxo!), gente que compra em shopping, se veste com grifes famosas etc. etc. Mas não sabe se portar num evento internacional, não aprendeu a respeitar autoridades e, pior, não se deu conta de que a presidenta Dilma Rousseff, ali, representava todos nós, representava o Brasil.
Elite tosca e mesquinha.
Endinheirada, diplomada.
Mas sem educação.
Vaia revela apenas a deselegância da elite
Nos
próximos dias, grandes jornais e seus colunistas explorarão o tema ao
máximo, para tentar provar que estão certos em suas críticas contra o
governo Dilma; no entanto, o público presente no Mané Garrincha não era
exatamente um retrato do povo brasileiro; ali, havia pessoas que se
dispuseram a pagar R$ 280 pela entrada e outros tantos que receberam
convites de patrocinadores e parceiros da festa; vaia começou contra
Joseph Blatter, da Fifa, e depois atingiu a presidente por tabela, menos
como retrato de alguma indignação social e mais como expressão de
irreverência e até de falta de educação
247 - Manchete da Folha de S. Paulo: "Estreia do Brasil tem vaia a Dilma, feridos e presos". Manchete do Globo: "Torneio começa com vaias a Dilma e vitória da seleção". Nos próximos dias, a vaia contra a presidente Dilma Rousseff, ouvida no Estádio Nacional Mané Garrincha, ainda deverá ecoar nas colunas políticas e econômicas. Quer um palpite? Este será o tema de Ricardo Noblat, nesta segunda-feira, no Globo.
Mas será que ela tem realmente algum significado político? Nenhum.
Quem esteve no Estádio Nacional Mané Garrincha neste sábado pôde se dar conta de que a vaia contra Dilma foi quase acidental. Ela começou quando os alto-falantes anunciaram a presença do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Dilma foi anunciada na sequência, pegando carona nas vaias a Blatter - que também eram inadequadas. Diante do barulho, ela pronunciou apenas uma frase: "Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações". Blatter lamentou o incidente e pediu "fair play" ao povo brasileiro, quando foi novamente vaiado.
No Uol, Josias de Souza foi o primeiro colunista a comentar as vaias e sugeriu que a torcida talvez estivesse repleta de "Velhos do Restelo", ironizando a presidente Dilma:
O
Brasil, para ficar como Dilma Rousseff deseja, precisa trocar de
torcida. Essa que compareceu ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, é
inteiramente inadequada. Uma legião de Velhos do Restelo. Vindo da
Suíça, terra onde o leite já sai das vacas pasteurizado, o companheiro
Joseph Blatter, da Fifa, ralhou: “Onde está o respeito, onde está o fair
play?”. As vaias aumentaram.
Até o desafeto José Maria Marin, da CBF, tentou salvar a cena puxando uma salva de palmas. Os apupos prevaleceram. Bons tempos aqueles em que o futebol era o ópio do povo. Hoje, gasta-se R$ 1,2 bilhão num estádio para que ele seja usado como amplificador do pio do povo. Quanta ingratidão! O Planalto deveria considerar a hipótese de trocar a torcida brasileira por torcedores terceirizados vindos da Suíça de Blatter. São pessoas muito mais respeitosas. E que fair play!
Mas quem estava realmente no Mané Garrincha? Não
exatamente um retrato do povo brasileiro. Ali havia dois tipos de
torcedores. Os que se dispuseram a pagar R$ 280 por uma entrada e
aqueles que foram convidados por patrocinadores ou parceiros da festa,
que adquiriram ingressos junto à Fifa e os distribuíram a convidados
vip. Em ambos os casos, representantes da elite.
Não exatamente o povo que se incomoda com a chamada inflação dos alimentos ou a alta de vinte centavos nas passagens de ônibus.
A despeito da vaia, quem foi ao Mané Garrincha também se deu conta de que, pela primeira vez, o Brasil dispõe de equipamentos esportivos comparáveis aos do invejado Primeiro Mundo. A arena de Brasília nada deve aos melhores estádios do mundo - e, em muitos aspectos, os supera. O trabalho dos voluntários, que demonstraram extrema cortesia, foi também exemplar.
Quem foi ao estádio também pôde presenciar o renascimento da seleção brasileira e saiu com a certeza de que, aos poucos, o técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão, faz brotar um time que tem tudo para ser vencedor.
Além disso, a chegada e a saída do estádio foram tranquilas, salvo um pequeno incidente com manifestantes que protestavam contra a realização da Copa, provando que Brasília, com seus espaços amplos, talvez seja a melhor sede da Copa e a mais adequada até para a abertura em 2014.
Numa festa grandiosa, não só pela seleção, mas pela própria estreia bem-sucedida da arena e de uma das principais sedes, a vaia foi apenas um "ponto fora da curva", para usar uma expressão em voga atualmente.
Foi o retrato da irreverência, da deselegância e até da falta de educação de boa parte da elite brasileira.
Paciência. Brasília deu a primeira demonstração de que, em 2014, o Brasil realizará uma das melhores Copas do Mundo de todos os tempos. E com uma equipe à altura.
Não exatamente o povo que se incomoda com a chamada inflação dos alimentos ou a alta de vinte centavos nas passagens de ônibus.
A despeito da vaia, quem foi ao Mané Garrincha também se deu conta de que, pela primeira vez, o Brasil dispõe de equipamentos esportivos comparáveis aos do invejado Primeiro Mundo. A arena de Brasília nada deve aos melhores estádios do mundo - e, em muitos aspectos, os supera. O trabalho dos voluntários, que demonstraram extrema cortesia, foi também exemplar.
Quem foi ao estádio também pôde presenciar o renascimento da seleção brasileira e saiu com a certeza de que, aos poucos, o técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão, faz brotar um time que tem tudo para ser vencedor.
Além disso, a chegada e a saída do estádio foram tranquilas, salvo um pequeno incidente com manifestantes que protestavam contra a realização da Copa, provando que Brasília, com seus espaços amplos, talvez seja a melhor sede da Copa e a mais adequada até para a abertura em 2014.
Numa festa grandiosa, não só pela seleção, mas pela própria estreia bem-sucedida da arena e de uma das principais sedes, a vaia foi apenas um "ponto fora da curva", para usar uma expressão em voga atualmente.
Foi o retrato da irreverência, da deselegância e até da falta de educação de boa parte da elite brasileira.
Paciência. Brasília deu a primeira demonstração de que, em 2014, o Brasil realizará uma das melhores Copas do Mundo de todos os tempos. E com uma equipe à altura.
Brasil 247
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