247 - Às 12h07, a presidente Dilma Rousseff
iniciou seu pronunciamento na Prefeitura de São Paulo, onde irá assinar,
em instantes, a liberação de R$ 8 bilhões em verbas para obras na
capital. O encerramento se deu às 12h33.
- Talvez, assim como as mídias sociais, o grande acontecimento do
século 21 é o surgimento de mega-cidades, iniciou a presidente Dilma.
Sâo Paulo é uma mega-cidade, talvez a mais significativa, importante e
desafiadora nessa parte do hemisfério. É grandiosa por sua população,
mas também por seus problemas.
A presidente assinalou que "sem sombra de dúvida, São Paulo é
recortada por desigualdades". "Eu vim anunciar mais uma contribuição do
governo federal ao enfrentamento de grandes problemas", prosseguiu.
"Serão R$ 8 bilhões: R$ 3 bilhões para mobilidade urbana, R$ 1,3 bilhão
para obras contra enchentes, R$ 2,2 bilhões para drenagem e R$ 1,5
bilhão do Minha Casa, Minha Vida para moradias para 20 mil famílias",
detalhou Dilma.
"Eu já morei na avenida Radial Leste", lembrou a presidente, sobre a
principal avenida da Zona Leste da cidade. Ela fez a menção ao ressaltar
a importância da criação de corredores de ônibus com parte das verbas
liberadas agora. A Prefeitura anuncia a abertura de 96 quilômetros de
corredores exclusivos para ônibus.
"Não é a primeira vez que eu venho aqui em São Paulo anunciar obras,
mas é a primeira vez que anunciamos de forma concentrada a liberação de
R$ 8 bilhões", sublinhou a presidente. "Um ponto importante é que essas
obras serão iniciadas rapidamente".
Dilma citou que 55% da população de 11 milhões de pessoas usa meios
de transporte coletivo. "Como é possível uma cidade do tamanho de São
Paulo não ter metrô, não ter transporte enterrado, como se diz",
perguntou. "Somos a maior cidade do mundo com o menos sistema de
transporte metroviário do mundo", comparou a presidente, numa crítica
indireta às administrações estaduais do PSDB, no poder no Estado desde
1995. O governador Geraldo Alckmin não participa da cerimônia, tendo
enviado um secretário como representante.
- Dar mobilidade urbana é devolver vida à população, classificou
Dilma. "O governo federal está empenhando em assegurar metrô e veículos
leves sobre trilhos. Já colocamos R$ 89 bilhões em mobilidade urbana, e
agora vamos investir mais R$ 50 bilhões. É justo que a primeira cidade a
receber R$ 8 bilhões desses R$ 50 bilhões seja São Paulo. É justo que
seja aqui, porque é o nosso maior desafio de mobilidade urbana".
A presidente acentuou que sua gestão investiu diretamente na
construções de linhas e estações de metrô nas capitais de "Porto Alegre,
Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Distrito Federal, além de
parceiras com São Paulo e Rio de Janeiro".
Abaixo, noticiário anterior:
247 - "São Paulo é grande demais para ficar
isolada", afirmou, em discurso, o prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad, ao lado da presidente Dilma Rousseff, em cerimônia neste momento
(11h53) na Prefeitura de São Paulo. A presidente irá anunciar, em
instantes, a liberação de R$ 8 bilhões para obras na capital. "O que
está sendo anunciado aqui é que vamos buscar incansavelmente um
realinhamento entre São Paulo e o governo federal, assim como já ocorre
com o governo estadual", completou Haddad. "O sucesso de São Paulo é o
sucesso do Brasil".
Em seguida a Haddad, fala o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro.
"Estamos vivendo um momento histórico no País", disse ele. "Isso porque o
governo da presidente Dilma retomou um tema que o Brasil havia se
esquecido, o da mobilidade urbana", assinalou. "Antes, houve o desmonte
de órgãos que eram imprescindíveis à infraestrutura urbana nas cidades
brasileiras", apontou. "Me refiro ao Geipot, desmontado 23 anos atrás",
citando o organismo que coordenava políticas públicas de transporte
urbano, especialmente em regiões metropolitanas".
Boa parte dos recursos a serem anunciados pela presidente terá como
destino a abertura de 127 quilômetros de corredores exclusivos de ônibus
nas avenidas da capital. "Mobilidade urbana é ter tempo para se viver
um pouco mais", definiu o ministro. Ribeiro afirmou que o governo
federal destina atualmente R$ 89 bilhões para programas de mobilidade
urbana. "É o maior programa de mobilidade urbana do mundo", definiu o
ministro. Ele confirmou, às 12h02, que a presidente irá anunciar R$ 8
bilhões em recursos para obras na cidade.
O ministro anunciou, ainda, R$ 1,3 bilhão para obras contra
enchentes, como canalização de córregos. Para limpeza e manutenção das
represas Billings e Guarapiranga, os recursos federais serão de R$ 2,2
bilhões. Mais R$ 1,5 bilhão serão destinados à construção de 20 mil
habitações populares. "Com isso, e mais os R$ 3 bilhões para mobilidade
urbana, completamos R$ 8 bilhões", somou o ministro.
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