Guerrilheiro Virtual

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Barbosa, Alckmin e Skaf unidos para pobres e classe média pagarem mais IPTU e Globo pagar menos

Globo usa valorização do imóvel com benfeitorias públicas para ganhar dinheiro, mas não divide sua prosperidade com a periferia de São Paulo.
Alckmin, Skaf e Joaquim Barbosa aprovam essa concentração de renda nas mãos da família mais rica do Brasil.

O prédio sede da TV Globo em São Paulo valorizou, inclusive com a ponte estaiada ao lado, vista das janelas de vidro dos estúdios. A ponte construída com dinheiro público da prefeitura é explorada comercialmente como cenário dos noticiários da TV Globo, sem pagar royalties para a cidade.

Nada mais natural do que a empresa de TV, com lucros cada vez maiores, apesar da queda na audiência, retribuísse à cidade pagando um pouquinho mais de IPTU, para os mais pobres poderem pagar menos e para a cidade ter mais dinheiro para investir na construção de moradias onde hoje existem barracos em favelas, por exemplo.

Para isso o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP), propôs atualizar, nos bairros mais nobres, o valor dos imóveis para efeito de cálculo do IPTU. Fez os estudos, elaborou uma lei, aprovada pela Câmara de Vereadores, onde as famílias que moram nos bairros mais carentes da periferia teriam o IPTU reduzido em até 12%. Aposentados de baixa renda também teriam redução, independentemente de onde moram. A lei previu aumentos escalonados, com muita gente de classe média que mora fora do centro beneficiada, mesmo nos casos em que teria aumento seria abaixo da inflação. Imóveis residenciais teriam aumentos menores do que os comerciais.

Tudo dentro do conceito de fazer justiça tributária, tratando de forma diferente quem é diferente, onde quem é mais rico paga mais, e quem é mais pobre paga menos.

O PSDB do governador Geraldo Alckmin e a FIESP do candidato a governador Paulo Skaf (PMDB) não pensam assim. Acham que os mais ricos tem que ter mais privilégios e sobra para os mais pobres mais sacrifícios, no conceito dos tucanos e de Skaf.

Por isso o PSDB de Alckmin e a FIESP de Skaf entraram na justiça contra aumentos diferenciados no IPTU.

Em São Paulo, a maioria dos desembargadores (provavelmente todos moram em bairros nobres) concederam uma liminar suspendendo a lei proposta por Haddad e aprovada pela Câmara de Vereadores. Haddad recorreu ao STF. Caiu nas mãos do ministro Joquim Barbosa, que preferiu sacrificar os mais pobres e defender os privilégios dos mais ricos, mantendo a liminar que impede o aumento diferenciado para casos diferentes.

Como resultado, todos os carnês do IPTU virão com reajuste igual em 2014, pelo índice da inflação. Perderam a periferia, os mais pobres e a classe média que mora fora das áreas mais nobres.

Graças à Alckmin, Barbosa e Skaf, os ricos que tem mansões onde só uma quadra de tênis ocupa um espaço nobre da cidade onde caberiam 11 casas populares ou um edifício com 11 apartamentos por andar, serão tratados da mesma forma que quem mora em uma casa popular, na hora de reajustar o IPTU.

Graças à Alckmin, Barbosa e Skaf, a TV Globo de São Paulo também pagará o mesmo reajuste no IPTU sobre a sua sede que pagará uma casa popular que valorizou menos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”