247 – Se
depender da base aliada do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na
Assembleia Legislativa de São Paulo, o escândalo da formação de cartel
em contratos de trem e metrô em governos tucanos desde Mario Covas
(1998) não sairá do papel.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu "rapidez" e "seriedade" nas investigações sobre o esquema de cartel.
No entanto, até agora, a abertura da
CPI do caso não obteve adesão suficiente de deputados. Desde 2008, esta
é a quarta tentativa do PT para instalar uma CPI sobre o conluio de
empresas nos contratos do Metrô paulista. As propostas anteriores não
passaram pelo mesmo motivo: bloqueio da maioria governista. Para
existir, a comissão precisa de 32 assinaturas. Até o momento, a atual
proposta conta com 26 adesões.
Além disso, dos 28 requerimentos da
oposição para convocar autoridades e envolvidos no esquema, apenas três
foram ouvidos pelos deputados. São eles: o secretário dos Transportes
Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e os atuais presidentes do Metrô,
Luiz Antonio Pacheco, e da CPTM, Mário Manuel Bandeira.
Figuras importantes, como os
presidentes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica),
Vinicius Carvalho, e da Siemens, Paulo Stark, e o vereador Andrea
Matarazzo (PSDB) não responderam à convocação.
A comissão ainda não acatou o pedido
para ouvir um dos delatores do esquema, Everton Rheinheimer. Ele acusa
três secretários de Alckmin – Edson Aparecido, Rodrigo Garcia e José
Anibal – de receber propina do esquema. Além disso, envolveu o deputado
federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) e o estadual Campos Machado (PTB).
Outro nome vetado foi o de João Roberto Zaniboni, ex-diretor da CPTM que recebeu US$ 836 mil numa conta na Suíça.
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