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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Chefe da ONU elogia médicos de Cuba e afirma que país pode ensinar ao mundo como cuidar da saúde


Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visita a Escola Latino-americana de Medicina, em Havana, Cuba. Foto: ONU/Mark Garten

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que os médicos cubanos têm salvado muitas vidas em diversos países em desenvolvimento e que podem ensinar ao mundo como cuidar da saúde.

Ban destacou os “resultados excelentes” da atenção primária à saúde, base da medicina cubana que tem reduzido a mortalidade infantil, aumentado a expectativa de vida e oferecido cobertura universal.

Ao visitar a Escola Latino-americana de Medicina (ELAM), em Havana, na terça-feira (28), o secretário-geral da ONU disse que tem visto com os “próprios olhos” que os médicos cubanos ou formados em Cuba são “operadores de milagres”. Segundo Ban, além de recuperar a visão de milhões de pessoas, compartilharam a visão de um mundo de “generosidade, solidariedade e cidadania global”.

O secretário-geral acrescentou que os médicos cubanos, por meio de uma longa história de cooperação Sul-Sul, estão presentes em comunidades remotas e difíceis, “nos bons e maus momentos – antes de catástrofes… ao longo das crises… e muito tempo depois de as tempestades passarem”. De acordo com Ban, eles têm sido fundamentais na redução do número de casos de cólera no Haiti.

Leia, abaixo, a íntegra em português do discurso do secretário-geral da ONU na ELAM:

“Obrigado por me receberem nesta escola extraordinária.

Há muitas coisas que eu poderia dizer aqui na ELAM, mas a mais importante é simplesmente muchas gracias[obrigado em espanhol].

Obrigado por suas contribuições excepcionais.

Obrigado por liderarem o caminho na cooperação Sul-Sul.

Obrigado por estarem na linha de frente da saúde global.

A ELAM faz mais do que formar médicos. Produz operadores de milagres.

Vi isso com meus próprios olhos.

Como secretário-geral das Nações Unidas, viajo para muitos lugares difíceis. Lugares desesperados duramente atingidos por terremotos, furacões e outros desastres naturais. Lugares remotos de profunda privação. Lugares esquecidos longe do radar de preocupações de muitas pessoas.

E tantas vezes nessas diferentes comunidades vi a mesma coisa.

Médicos de Cuba – ou médicos formados em Cuba ajudando e curando.

Muitas autoridades e ministros da Saúde que encontrei em países em desenvolvimento se formaram em Cuba – alguns, muitas décadas atrás. Isto mostra a longa história de cooperação de seu país.

Seus médicos estão com as comunidades nos bons e maus momentos – antes de catástrofes… ao longo das crises… e muito tempo depois de as tempestades passarem.

Eles são geralmente os primeiros a chegar e os últimos a partir.

Para aqueles estudantes que não podem vir para Cuba, vocês também estão ajudando a implementar escolas de medicina da Bolívia ao Timor-Leste, passando pela Eritreia.

A ELAM formou dezenas de milhares de estudantes, mas Cuba pode ensinar o mundo inteiro sobre cuidados de saúde.

Quero me juntar a tantos outros ao saudar o sistema de saúde de Cuba baseado na atenção primária à saúde que já rendeu resultados excelentes – menor mortalidade infantil, maior expectativa de vida, cobertura universal. Este é um modelo para muitos países em todo o mundo.

Em países como o Haiti, a Brigada Médica Cubana tem sido salva-vidas.

Como sabem, o Haiti está enfrentando muitos desafios, incluindo o cólera. Os médicos cubanos têm sido fundamentais para reduzir o número de casos de cólera no país.

No século 21, o cólera não deveria ser uma sentença de morte. É evitável e tratável – e os médicos formados aqui estão liderando o caminho.

E por meio de iniciativas como a Operación Milagro [Operação Milagre] – os médicos formados em Cuba salvaram ou melhoraram a visão de milhões de pessoas em dezenas de países.

Vocês os ajudaram a enxergar – mas também deram a visão de mundo – uma visão de generosidade, solidariedade e cidadania global.

Estou muito orgulhoso de ver isso com os meus próprios olhos. E agradeço a vocês por compartilharem isso com o mundo.

Muito obrigado.”

Para ler a versão em inglês, clique aqui

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