Guerrilheiro Virtual

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Editorial do jn. Um exercício de hipocrisia !

Quem manda não ter uma Ley de Medios ? Quem manda não ter Chefe de Polícia ?

PiG usa a "liberdade de patrão" para anunciar a queda da Dilma !

O jornal nacional dedicou 97′ a um raro “editorial”.

Chamou de “editorial”.

Se o critério fosse explicitar a “opinião do patrão”, 99% das “reportagens” deveriam vir com o selo “editorial”, uma vez que o jn do Gilberto Freire com “i”(*) se sustenta na editoria “o Brasil é uma m…”.

O “repórter” da Globo, na Avenida Paulista, incentiva manifestante a protestar contra a Dilma.

No Rio, a Globo se sentou à frente da casa do governador e, na Avenida Rio Branco e na Central do Brasil, deu inesgotável cobertura às “manifestações democráticas”.

O William Bonner abandonou  uma cerimônia de entrega do “Oscar” de “efeitos especiais”, no Dolby Theater, em Los Angeles para ancorar, das 15h às 23h, ininterruptamente, as manifestações em todo o Brasil, em junho.

Fenômeno jamais visto na história da Globo: derrubar toda a programação do horário nobre e seu encaixe comercial para se dedicar a um evento “jornalístico”, sem break.

A Globo conseguiu capturar o movimento dos doentes infantis do transportismo, que falavam fino com os tucanos e resolveram falar grosso com o Haddad – com a ajuda, claro, da Polícia do Alckmin.

As suaves apresentadoras da GloboNews dirigiam as manifestações – o Maracanã é aí em frente ! ; isso mesmo, pela direita você sobe na ponte !

Vamos combinar, diria o PML: a Globo e o PiG manipulam as manifestações para derrubar a Dilma.

Com a lógica do “estamos numa Democracia” – não perca o retumbante vídeo “Black bloc usa o direito de resposta contra a Globo” -  a Globo e seus frágeis aliados – Folha (**) e Estadão – estimulam um movimento que pode ter o efeito de um putsch na abertura da Copa.

Mas, se não for na Copa, será mais adiante e mais adiante.

Como diz o notável analista de manifestações, Marcelo Freixo, na pág.  A6, do PiG cheiroso, o “Valor”, onde “defendeu as manifestações”, mas condenou a “escalada de violência”, é claro, e previu com a certeza dos profetas do caos:

“A gente está vivendo um momento preocupante (sic). A Copa do Mundo vai acirrar os ânimos, a crise do Governo (Sergio) Cabral vai acirrar os ânimos. Este é um ciclo difícil de ser quebrado.”

Claro !

É difícil de ser quebrado, porque os Governos Estaduais são ineptos.

Não sabem lidar com esse tipo de ameaça à ordem publica – leia “Não vai ter Copa é um caso de polícia”.

O Governo Federal não criou a Guarda Republicana.

O Governo Federal não tem Chefe de Polícia, porque o zé da Justiça é inepto, inapetente, e carece de  autoridade  moral para enfrentar os vândalos (e os puros).

Não era ele quem deveria estar, ontem, na televisão, em rede nacional, a consolar a viúva do Santiago e anunciar medidas para estancar o Golpe (em marcha) ?

(Ou seria melhor levar o Bernardo Plim-Plim para assegurar o sagrado direto de a Globo derrubar a Dilma, desde que fique “neutra” no Paraná?)

Diante de uma monumental desordem pública, estimulada e fortalecida pela Globo, o Governo Federal não pode se esconder sob a desculpa constitucional de que isso é “problema estadual”.

E como o ciclo é difícil de ser interrompido, o melhor negócio para os Golpistas é esticar a corda, o “ciclo” do Freixo, até a Dilma cair.

Mas, a batata da Globo assou.

A morte do cinegrafista da Band é um mau presságio.

E se ele fosse da Globo ?

É difícil, porque a Globo prefere cobrir as manifestações de helicóptero e repórteres desconhecidos e não identificados.

Mas, a batata da Globo assou – clique aqui para ver o que manifestantes jogaram na sede da Globo em São Paulo.

Se houver mais e mais mortes – como antecipa (com contido gáudio) a manchete da Folha “País (sic) tem a 1ª (sic) morte por ataque de manifestante em protesto”.

Primeira, mas não a única, nessa série de “um ciclo difícil de ser quebrado”.

Qual era o objetivo da manifestação em que o cinegrafista da Band foi assassinado ?

Protestavam contra o que ?

Qual a diferença entre o que os manifestantes da Central queriam e os pleitos dos “rolezeiros”, que o PiG endeusou ?

E a turma da doença infantil do transportismo ?

Protestou quando o Presidente Barbosa impediu o Haddad de aumentar o mesmo IPTU que o ACM Neto aumenta em Salvador e os tucanos aumentaram desde que chegaram ao poder há 20 anos (ciclo por se encerrar) ?

Basta que seis pedestres atravessem o sinal na Avenida Paulista com a Augusta que a Globo – de helicóptero, com a câmera fechada – transformará num ato do “ciclo”.

Este é um Golpe da e na televisão.

Como o que tirou Chávez temporariamente do poder, em 2002.

Chávez voltou em 47 horas.

O Golpe provocou não uma, mas 27 mortes.

Portanto, segundo a Folha, há 26 por acontecer.

O Chávez voltou.

Dilma voltaria ?

Com essa Globo ?

Como esse Supremo ?

Com esse Senado ?

Com essa bancada do PT no Senado ?

Ora, Bonner, ora Gilberto Freire, esse jogo é mais bruto do que vocês pensam.

O gênio saiu da garrafa.

Pergunta aos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – se eles estão felizes com o “ciclo”.

E se a Dilma não cair ?

E se o fogo se espalhar ?

Paulo Henrique Amorim

(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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