O escritório de Delfim Netto é como a sala de autopsia do Instituto Médico Legal do Neolibelê.
“Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros.
E, ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade.
- A empregada doméstica botou a filha na faculdade de Medicina. Eles querem que a filha da empregada doméstica volte para trás com uma política monetária feroz, de juros ainda mais altos… , começa o Delfim.
“Eles” é o pessoal do Neolibelê.
Conto que, neste ansioso blog, se assegura que a Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro do pensamento Neolibelê.
Delfim cai na gargalhada.
- O Lula diz assim. Não me interessa se você foi concebido numa suíte do Waldorf Astoria ou num barraco da favela. Os dois são iguais, têm que ter oportunidades iguais para enfrentar esse capitalismo … (impublicável) que você inventou, Delfim.
- Você vê. Eles achavam que tinham feito tudo direitinho no Chile. Seguiram o manual. Aí o pessoal foi pra rua exigir escola pública.
- Eles (“eles” é a corrente de pensamento que se ilumina com a Urubóloga) se reuniram lá no Instituto do Fernando (Henrique). E a única ideia que tiveram foi cobrar mensalidade na universidade pública.
- “Eles” não entenderam nada. Tem 400 universidades privadas no interior de São Paulo.
- É o que o senhor chama de “processo civilizatório” …, interrompo.
- E você pensa que o Lula tem um assessor, um economista ao lado dele soprando essas coisas ? Ele chega pro cara de Moçambique e diz assim: Você pode plantar cana e não planta. E aí importa carro americano que consome gasolina que vocês não têm. Por que você não aprende a plantar cana e importa carro do Brasil movido a cana ?
- E o que o Lula quer ?, pergunto.
- Isso que ele faz hoje. Exatamente isso. Você sabe qual é o cachê das palestras dele ?
- Deve ser o dobro do cachê da Miriam e do Fernando Henrique, juntos, respondo.
- Mais, meu filho. Mais.
Pano rápido.
Paulo Henrique Amorim
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