Durante discurso feito nesta quinta-feira (1/9), na cerimônia de inauguração do Complexo Siderúrgico da Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB), em Jeceaba (MG), a presidenta Dilma considerou o evento “muito relevante” pelo fato de o empreendimento marcar “uma nova época para o Brasil”. Na ocasião, a presidenta lamentou o fato de o país, apesar de ser um dos maiores produtores de minério de ferro, ter reduzido os investimentos no parque siderúrgico nas últimas décadas.
“Estar aqui hoje, em Jeceaba, é, para mim, um momento especial, porque participo de uma cerimônia muito relevante para o meu país e muito relevante para a minha Minas Gerais. Primeiro, porque o meu pai trabalhou na usina Mannesmann, que antecedeu, em Belo Horizonte, a empresa Vallourec & Sumitomo. Segundo, porque a inauguração, naquela época da Mannesmann, pelo então presidente Getúlio Vargas e pelo governador Juscelino Kubitschek, em agosto de 1954, marcou de forma indelével a industrialização do nosso país. Ela é um dos marcos da nossa industrialização e, portanto, é um momento a ser sempre lembrado por nós”.
E prosseguiu: “Terceiro, porque esse empreendimento que nós hoje estamos inaugurando, ele marca uma nova época do Brasil. Ao longo de muitas décadas, o Brasil parou de investir em siderurgia. O Brasil, um dos maiores produtores de minério de ferro – e de minério de ferro de alta qualidade – diminuiu o seu investimento siderúrgico”.
No discurso, Dilma Rousseff contou que o país também entra num instante de descoberta no setor de petróleo e gás. Ela referiu-se às descobertas de reservas petrolíferas em lâmina d’água de sete mil metros pela Petrobras. E explicou que a Petrobras tem previsão de investir US$ 224 bilhões nos próximos cinco anos. “É um dos maiores investimentos na área de petróleo e gás do mundo e é, sem sombra de dúvida, um dos maiores investimentos entre as empresas chamadas majors da área de petróleo e gás. Isso significa uma demanda bastante forte sobre um mercado fornecedor de bens e de serviços”, destacou.
Presidenta Dilma posa para foto com operárias da usina
siderúrgica de Jeceaba (MG). Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
“Tudo isso torna este investimento muito bem-vindo, mesmo que ele seja para exportação neste primeiro momento, e é muito justo que seja, porque esse é um mercado, aqui no Brasil, que está em desenvolvimento”.
Em seguida, a presidenta passou a tratar das providências que o governo federal está tomando para preparar o país para enfrentar os efeitos de uma possível crise financeira mundial. Segundo a presidenta, o país “tem um grande fator de sustentação, que é o fato de nós termos um dos mercados internos que mais crescem, e mais crescem por vários motivos, entre eles o que eu acho que é o mais relevante pelo fato de nós termos trazido para se tornar consumidores – cidadãos, trabalhadores, empreendedores – uma “Argentina” ao longo dos últimos oito anos”.
Finalmente, a presidenta falou sobre os eventos que estão sendo preparados pelo Brasil, como a Copa do Mundo Fifa 2014 e os Jogos Olímpicos, além dos programas como o Minha Casa, Minha Vida, que exigirão bastante investimentos. “Ao contrário de muitas outras trajetórias e caminhos, o nosso caminho é claro. O nosso caminho é: nós vamos continuar crescendo, nós vamos continuar investindo, nós não queremos o país em recessão, nós temos armas suficientes, mas nós também vamos manter a estabilidade do nosso país”, afirmou.
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