O vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta quinta-feira, em Cuiabá (MT), que a decisão do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros de 12,5% para 12% ao ano é "útil para o país" e representa "a tendência do governo".
"Quanto mais abaixar, melhor", declarou Temer, que esteve em Mato Grosso para participar de um evento de filiação ao PMDB estadual.
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Questionado sobre as relações entre o governo Dilma Rousseff e a base aliada no Congresso, Temer disse que a base está "unida" e que o risco de uma crise é "zero". "O apoio ao governo [no Congresso] é extraordinário", disse.
Um dos novos filiados ao partido durante o evento foi o empresário de comunicação João Dorileo Leal, do Grupo Gazeta, apontado como possível candidato à Prefeitura de Cuiabá em 2012.
O vice-presidente disse que a sigla pretende lançar candidaturas em todos os 141 municípios de MT. "Queremos manter o número atual de prefeitos ou aumentar."
JUROS
Após a redução de 0,5 ponto percentual nos juros anunciadas ontem, o governo cuidou de negar nesta quinta-feira qualquer interferência na decisão do Banco Central. A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disseram que a queda aconteceu por causa da crise internacional e das medidas adotadas pelo governo brasileiro.
"O Banco Central tem total autonomia e está acompanhando a crise internacional. Os elementos da crise internacional deram condições, junto com as medidas do governo, para que se pudesse ter essa redução. O BC tomou uma medida adequada às condições da economia internacional", disse a ministra.
Em entrevista a rádios de Minas Gerais, Dilma reiterou a autonomia do BC e também endossou o coro governista de que a redução dos juros depende do cenário externo.
"Desde o governo do ex-presidente Lula, e até anteriormente a ele, optou-se por uma relação entre o governo e o Banco Central de autonomia. Acredito que a situação internacional mudou o sentido do que estava acontecendo, porque vimos três aumentos de taxas de juros no início do nosso governo. Acredito que, dependendo do que ocorrer na conjuntura internacional, teremos um aumento ou diminuição [dos juros]. Não dá para, de forma muito antecipada, prever isso. Ninguém sabe como vai se comportar a crise. A tendência é de ser uma crise de longa duração, de dois para mais anos", declarou.
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