O criador do Wikileaks, Julian Assange, defendeu nesta quinta-feira sua organização das acusações de ter divulgado nomes de fontes que haviam pedido estrito sigilo.
"Não há nenhuma alegação por fontes oficiais de que o Wikileaks tenha causado a morte de qualquer indivíduo em qualquer lugar no mundo."
Segundo a agência de notícias Associated Press, cerca de 90 pessoas tiveram seus nomes revelados em telegramas diplomáticos publicados pelo Wikileaks apesar de os documentos indicarem a necessidade de anonimato.
Entre essas pessoas está o ex-senador Heráclito Fortes (DEM-PI), como mostrou hoje a Folha.
Assange defendeu as decisões tomadas pelo Wikileaks. "Como jornalistas investigativos, temos a obrigação de dar nomes de criminosos, de espiões, de políticos. Nós nunca retiramos algo que tenhamos publicado."
Roberto Dias/Folhapress | ||
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, discursa em telão para plateia em hotel de São Paulo |
O ativista australiano participou do InfoTrends, evento de tecnologia que acontece hoje e amanhã em São Paulo. Impedido de sair da Inglaterra por causa de uma acusação de estupro, ele fez a palestra de abertura, em um telão.
Ele disse que o Wikileaks não se opõe ao sigilo e afirmou que ele pode ser necessário em alguns casos para os governos. "Mas mantê-lo é responsabilidade deles, não de todos os cidadãos do mundo."
"Governos não têm direitos, têm responsabilidades" disse Assange, citando, entre elas, a obrigação de respeitar o direito à informação da população e do acesso à verdade.
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