Guerrilheiro Virtual

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Occupy fecha porto de Oakland

Occupy Oakland conseguiu parar o quinto porto mais movimentado dos EUA.
Occupy Oakland conseguiu parar o quinto porto mais movimentado dos EUA. Foto ekai/Flickr
 
Do Esquerda.net
O protesto na cidade californiana vizinha de São Francisco ganhou projecção mundial quando na semana passada um antigo marine foi atingido pela polícia durante o despejo forçado do acampamento, encontrando-se ainda gravemente ferido. As imagens do ex-militar correram mundo através do Youtube e viraram as atenções contra a violência policial na resposta aos protestos pacíficos do movimento que se tem vindo a espalhar pelos Estados Unidos contra a ganância do capital.

A polícia de Oakland voltou a entrar em cena esta madrugada, provocando confrontos junto à sede do município e prendendo 40 activistas. Até então, o protesto foi pacífico e percorreu algumas das ruas principais da cidade.

O movimento decretou um dia de "greve geral" na cidade e a manifestação pretendia sublinhar a iniciativa. Mas terminou de uma forma até agora inédita nestes protestos que se iniciaram em Setembro em Wall Street, ao bloquear todas as ruas em direcção ao porto, obrigando-o a fechar.

Em Nova Iorque, uma centena de veteranos de guerra marcharam até à entrada da bolsa para manifestar solidariedade com o antigo soldado ferido pela polícia em Oakland e também protestar contra a falta de perspectivas de emprego com que se debatem os soldados que regressaram do Iraque ou Afeganistão.

Em Boston, estudantes e trabalhadores manifestaram-se junto aos escritórios do Bank of America, Harvard Club e no edifício do governo em protesto contra a a crise da dívida dos estudantes. As dívidas dos empréstimos a estudantes superam já as dos cartões de crédito e aumenta um milhão de dólares a cada seis minutos, podendo atingir este ano o bilião de dólares. Sarvenaz Asasy, que se doutorou recentemente e tem uma dívida de 60 mil dólares do empréstimo, resume assim a situação à rádio pública NPR: "Eles investiram na sua educação e agora não há empregos, mas continuamos a pagar uma enormidade pelos empréstimos a estudantes. Para quê?"

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