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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Embaixador da Líbia na Suiça reconhece que faltam provas de crimes imputados ao regime de Khadaffi

As acusações de crimes de guerra e de lesa humanidade feitas contra o regime de Muamar Khadaffi, assassinado em outubro passado, não foram confirmadas com provas concretas, reconheceu Sliman Bouchuiguir, embaixador da Líbia na Suiça e ex-secretário geral da Liga Líbia para Direitos Humanos, citado pelo jornal suiço Sonntagszeitung.


E uma entrevista extra-oficial concedida ao repórter francês Julien Teil, Bouchuiguir disse não dispor de provas concretas de ditos crimes. Declarou que recebeu informação sobre seis mil mortos e doze mil feridos de uns representantes do Conselho Nacional de Transição, adversários de Khadaffi, transmitida à ONU em março do ano em curso.

"Recebi essa informação do primeiro ministro da Líbia (em exercício). Mahmoud Warfalli, partidário do Conselho Nacional de Transição, foi o único que me deu essas cifras", confessou Bouchuiguir.

Segundo Sonntagszeitung, até a organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) sabia que na primavera de 2011 no leste da Líbia não havia forças leais a Khadaffi que pudessem cometer assassinatos entre a população civil.


Apesar desse fato ser conhecido, aos dirigentes líbios foram apresentadas acusações que serviram de fundamento para que o Conselho de Segurança da ONU tomasse a decisão de criar uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia e proibir o fornecimento de armas ao país. Para garantir seu cumprimento, em 19 de março começou uma operação das forças de coalisão.


A Corte Penal Internacional expediu em junho a ordem de prisão contra Muamar Khadaffi, seu filho Saíf al islam e o ex-chefe do serviço secreto da Líbia, Abdullah al-Senussi, acusados de crimes contra a humanidade.


Depois de quase nove meses de combates, a oposição líbia conseguiu tomar sob seu controle quase todo o território do país. Apoiada pela aviação da OTAN, ocupou em agôsto a capital, Trípoli. O próprio Khadaffi foi assassinado em 20 de outubro próximo de Sirte sua cidade natal.


Saíf al Islam, capturado em 19 de novembro, está esperando atualmente o processo na cidade de Zintan. O paradeiro de Al-Senussi é ignorado, mas segundo algumas fontes foi também capturado.

Vejam o texto original em KAOSENLAREDE.NET

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