O líder do movimento Al-Fatah, Mahmoud Abbas, e Khaled Meshaal, líder do Hamas, comprometeram-se na noite de quarta-feira a promover a reconciliação entre ambos os grupos e outras facções palestinianas e a formar um governo unificado cuja composição será conhecida em janeiro.
A constituição do governo unificado será conhecida no final de Janeiro. Foto Diego.78/Flickr.
Depois de vários dias de negociações no Cairo, Egipto, o esforço promovido no sentido de sanar as divergências que levaram à divisão, em 2007, entre Gaza e a Cisjordânia e ao colapso do conselho legislativo palestiniano parece ter surtido efeito.
Após um contato bilateral entre representantes do Hamas e do Al-Fatah, autoridades das restantes facções reuniram-se no Cairo para estudar propostas que levem à formação de um governo de unidade nacional e organizar as eleições gerais previstas para 2012.
O anúncio da formação, de um governo unificado, que deverá ser apresentado no final de janeiro, foi interpretado como um regresso do Hamas à Organização de Libertação da Palestina (OLP), reconhecida internacionalmente como representante do povo palestiniano, contudo, representantes do Al-Fatah afirmaram, em declarações ao Guardian, que o Hamas ainda terá que assinar a Carta da OLP, que o obriga a depor as armas.
Ghassan Khatib, porta-voz de Mahmoud Abbas, citado pelo Guardian, realçou que o Hamas tem esperança que “a reconciliação será bem sucedida", avançando que "não podemos dizer que estamos prontos para a independência e soberania, antes de termos um sistema palestiniano reunificado".
Os representantes do Hamas e do Al-Fatah comprometeram-se a promover a libertação de todos os prisioneiros políticos mantidos em Gaza e na Cisjordânia até ao final de janeiro.
Muitas vozes têm, no entanto, levantado dúvidas relativamente à viabilidade do acordo firmado entre o Hamas e o Al-Fatah.
Por um lado, questiona-se a boa vontade do Al-Fatah no que respeita a libertar os presos políticos, já que, desde novembro, altura em que o Al-Fatah fez a mesma promessa, esta organização já deteve 89 membros do Hamas na Cisjordânia.
Por outro lado, os mais incrédulos argumentam que, apesar de o Hamas ter concordado em aceitar a fundação de um Estado palestiniano independente segundo as fronteiras definidas em 1967, o grupo militante recusa-se terminantemente a abandonar a sua resistência armada contra a ocupação israelita ou reconhecer o Estado de Israel.
A permanência de Salam Fayyad na liderança do país permanece também um obstáculo.
Por último, a pressão diplomática e financeira exercida por Israel e os EUA poderá impedir a formação de um governo unificado que conte com a presença do Movimento de Resistência Islâmica.
Link:
http://www.esquerda.net/artigo/hamas-e-fatah-formam-governo-unificado
Após um contato bilateral entre representantes do Hamas e do Al-Fatah, autoridades das restantes facções reuniram-se no Cairo para estudar propostas que levem à formação de um governo de unidade nacional e organizar as eleições gerais previstas para 2012.
O anúncio da formação, de um governo unificado, que deverá ser apresentado no final de janeiro, foi interpretado como um regresso do Hamas à Organização de Libertação da Palestina (OLP), reconhecida internacionalmente como representante do povo palestiniano, contudo, representantes do Al-Fatah afirmaram, em declarações ao Guardian, que o Hamas ainda terá que assinar a Carta da OLP, que o obriga a depor as armas.
Ghassan Khatib, porta-voz de Mahmoud Abbas, citado pelo Guardian, realçou que o Hamas tem esperança que “a reconciliação será bem sucedida", avançando que "não podemos dizer que estamos prontos para a independência e soberania, antes de termos um sistema palestiniano reunificado".
Os representantes do Hamas e do Al-Fatah comprometeram-se a promover a libertação de todos os prisioneiros políticos mantidos em Gaza e na Cisjordânia até ao final de janeiro.
Muitas vozes têm, no entanto, levantado dúvidas relativamente à viabilidade do acordo firmado entre o Hamas e o Al-Fatah.
Por um lado, questiona-se a boa vontade do Al-Fatah no que respeita a libertar os presos políticos, já que, desde novembro, altura em que o Al-Fatah fez a mesma promessa, esta organização já deteve 89 membros do Hamas na Cisjordânia.
Por outro lado, os mais incrédulos argumentam que, apesar de o Hamas ter concordado em aceitar a fundação de um Estado palestiniano independente segundo as fronteiras definidas em 1967, o grupo militante recusa-se terminantemente a abandonar a sua resistência armada contra a ocupação israelita ou reconhecer o Estado de Israel.
A permanência de Salam Fayyad na liderança do país permanece também um obstáculo.
Por último, a pressão diplomática e financeira exercida por Israel e os EUA poderá impedir a formação de um governo unificado que conte com a presença do Movimento de Resistência Islâmica.
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