Na página 245 do livro A Privataria Tucana, do colega Araury Ribeiro Jr., o jornalista relata o episódio dos arapongas da Anvisa. O escritório funcionou em Brasília, sob o comando do ex-deputado Federal Marcelo Itagiba, quando José Serra era ministro da Saúde, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Conta Amaury que Serra só decidiu desativar o serviço de espionagem, depois que a imprensa denunciou que servidores do ministério estavam tendo a vida íntima devassada. Mas, não foi só. Desafetos também eram alvo de seus agentes. Um deles, capaz de rivalizar com Serra a indicação de FHC à vaga de candidato à presidência em 2002, Paulo Renato Souza.
O então prestigiado ministro da Educação foi alvo de uma devassa sem precedentes que, ou a família não teve conhecimento, ou relevou, ou não quis acreditar. Morto no ano passado, depois de enfarte fulminante, Paulo Renato ainda teve que - apenas de corpo presente, ainda bem! - tolerar com enorme desgosto, creio, que Serra consolasse sua família no velório.
É por essas e outras que a política me enoja. Se sou eu ali expulso o sujeito da sala imediatamente. Não tolero esse tipo de hipocrisia (como mostra a foto de época, no alto da página, e atesta o artigo elogioso de um ao outro, no portal G1).
Do DoLaDeLa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”