Por Alexandre Figueiredo
Todo ano é assim. Temporais violentos ocorrem no verão, e, curiosamente, as regiões é que variam de ano a ano. Num ano são temporais e enchentes em Santa Catarina. Noutro, em Minas Gerais. Noutro é no Sul do Estado do Rio de Janeiro. Noutro é no Norte do mesmo Estado. Em outro ano, ocorrem chuvas em São Paulo, noutro é o Nordeste a região atingida.
O que não varia é o fato de que danos materiais e mortos são sempre registrados. E vários desaparecidos. E o drama atinge sobretudo as classes populares, embora atinja também classes ricas, como nas tragédias de 2010 e 2011. Mas o "grosso" cai sempre no lado do "povão", pela perda de bens materiais e de entes queridos.
É o outro lado da "sorridente" pobreza trabalhada pela mídia. A "linda miséria" do "inocente povo pobre", esse populismo de contos de fadas da "Disneylândia do mau gosto" não comporta dramas como as enchentes e temporais que acabam destruindo até mesmo os radinhos e televisões que transmitem o entretenimento barato a que as classes populares se submetem.
REGINA CASÉ E WILLIAM WAACK
É o outro lado do "espetáculo". No lugar de funqueiros arrogantes, forrozeiros-bregas cafajestes, tecnobregas aloprados, breganejos chorosos, axézeiros megalomaníacos e outros "miseráveis" que sentem um suspeito e masoquista orgulho de serem pobres, temos pessoas que simplesmente choram verdadeiramente seus dramas autênticos.
Todo ano é assim. Temporais violentos ocorrem no verão, e, curiosamente, as regiões é que variam de ano a ano. Num ano são temporais e enchentes em Santa Catarina. Noutro, em Minas Gerais. Noutro é no Sul do Estado do Rio de Janeiro. Noutro é no Norte do mesmo Estado. Em outro ano, ocorrem chuvas em São Paulo, noutro é o Nordeste a região atingida.
O que não varia é o fato de que danos materiais e mortos são sempre registrados. E vários desaparecidos. E o drama atinge sobretudo as classes populares, embora atinja também classes ricas, como nas tragédias de 2010 e 2011. Mas o "grosso" cai sempre no lado do "povão", pela perda de bens materiais e de entes queridos.
É o outro lado da "sorridente" pobreza trabalhada pela mídia. A "linda miséria" do "inocente povo pobre", esse populismo de contos de fadas da "Disneylândia do mau gosto" não comporta dramas como as enchentes e temporais que acabam destruindo até mesmo os radinhos e televisões que transmitem o entretenimento barato a que as classes populares se submetem.
REGINA CASÉ E WILLIAM WAACK
É o outro lado do "espetáculo". No lugar de funqueiros arrogantes, forrozeiros-bregas cafajestes, tecnobregas aloprados, breganejos chorosos, axézeiros megalomaníacos e outros "miseráveis" que sentem um suspeito e masoquista orgulho de serem pobres, temos pessoas que simplesmente choram verdadeiramente seus dramas autênticos.
Em muitos desses casos, as pessoas são surpreendidas pelas enchentes logo no meio da madrugada. Despertos subitamente de seu sono, que pretendia ao menos ser tranquilo nos limites de suas condições, tomam o susto ao verem, em poucos minutos, a água subir no entorno de suas casas, destruindo eletrodomésticos e objetos pessoais, danificando muitos aparelhos, comprados com suadas prestações.
Em outros casos, são deslizamentos que surpreendem pessoas em sono, e simplesmente ceifam as vidas daqueles que mal conseguem acordar de seus sonhos, encarando o pesadelo da vida real nos seus últimos suspiros vitais.
Não bastassem esses dramas, há a insensibilidade da grande mídia que transforma em "escândalo" o suposto privilégio de envio de verbas do Ministério da Integração Nacional para o Estado do ministro Fernando Bezerra, Pernambuco. Ora, o "privilégio" se deve pelos fatos de que Pernambuco sofreu com o temporal do ano passado, com barragens destruídas, e como todo Estado nordestino, possui grandes áreas de extrema pobreza.
A velha grande imprensa está, assim, de implicância. Se fosse um governo presidencial do PSDB, e um Ministro da Integração Nacional desse governo priorizasse investimentos federais para São Paulo, se na condição de Estado e capital também governados pelos tucanos, sem que haja qualquer motivo para isso, a atitude da velha imprensa seria bem outra.
Seria, sem dúvida alguma, a mesma atitude de omissão com que a maior parte da velha imprensa encarou a corrupção tucana denunciada por Amaury Ribeiro Jr. em A Privataria Tucana, descontados os ataques sistemáticos de Merval Pereira e alguns colegas e a "molecagem" de Veja de tentar não aceitar o sucesso do livro.
Dessa forma, os temporais resultantes dos abusos da espécie humana contra a Natureza seguem indiferentes tanto ao denuncismo que se vê até mesmo no "substancial" Jornal da Globo, pilotado por William Waack, quanto à periferia de mentirinha do programa Esquenta! de Regina Casé (aquele programa que mostra funqueiros e que "acidentalmente" teve o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos "caciques" do PSDB, como convidado).
O povo pobre está alheio a essas coisas. Enquanto a mídia grande brinca com a opinião pública e faz dos seus consumidores gatos e sapatos, os populares perdem parentes, eletrodomésticos e objetos pessoais. Nem para construir uma memória as famílias populares conseguem.
E não serão Alexandre Garcia, Michel Teló e a Gaiola das Popozudas que irão salvar o povo pobre do drama das chuvas. As classes populares merecem respeito.
Do Blog Mingau de Aço
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