Sem ter como se sustentar, pais vão morar com filhos ou estes voltam à casa dos pais
Os integrantes da geração batizada de baby boomers (nascidos entre 1946 e 1954, logo após a II Guerra) nos Estados Unidos perderam 49% da renda pessoal com a crise econômica iniciada em 2007. Com isso, passaram a reformular gastos como consumo de energia e moradia. Os dados são da pesquisa The Future Family (A Família do Futuro), do portal The Future Laboratory.
Um número significativo de idosos se viu obrigado a viver sob o mesmo teto de filhos e netos - tendência nomeada como Boomers Boomerang. É a volta da família multigeracional, similar à da década de 1950, em substituição ao conceito de família nuclear.
O retorno ao modelo da década de 1950 acontece devido ao empobrecimento da sociedade norte-americana e da impossibilidade de arcar com despesas básicas.
Em 1900, 57% dos norte-americanos viviam com os parentes. Essa proporção caiu para 17%, 90 anos depois, percentual que subiu para 20% nos últimos anos.
Segundo Paulo Al-Assal, diretor-geral da Voltage, parceira exclusiva do portal no Brasil, em um cenário em que a expectativa de vida cresce e a renda cai, surge a Beanpole Family: um núcleo familiar longo, porém estreito, com três ou até quatro gerações vivendo na mesma casa.
No Reino Unido, a chamada Full House Family vai crescer 32% até 2031, situação similar em outros países desenvolvidos, segundo prevêem os pesquisadores.
Nos EUA, 62% dos mais de 6 milhões de lares multigeracionais surgiram devido ao retorno de jovens que voltaram a morar com os pais; destes, 50% devido a dificuldades econômicas.
"No Brasil, em contrapartida, vivemos o aumento do número de pessoas que moram sozinhas. De acordo com o IBGE, o Censo 2010 mostra que o número de pessoas que moram sozinhas aumentou de 8,6% para 12,1% em uma década", avalia Al-Assal, acrescentando que, em 2020, haverá mais pessoas morando sozinhas no Reino Unido do que casais
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