Independente de qualquer consideração – e são muitas a fazer, a começar pelo tom anti-imigração que Nicolas Sarkozy e mesmo François Hollande serão obrigados a intensificar, diante dos quase 20% obtidos pela ultradireitista Marine Le Pen - uma coisa me chamou a atenção nas eleições francesas.
E ela está aí, na foto.
Não há voto eletrônico na França. Há o velho voto de papel, onde se pode contar de um em um.
Todos já sabemos os resultados, poucas horas depois de abertas as urnas.
A França, como se sabe, é um país muito atrasado em matéria de democracia. E, também é de domínio público, uma terra onde ninguém confia na lisura das urnas.
Evidente que a França não tem campeões da democracia eletrônica como o ex-ministro Nélson Jobim e muito menos zeladores da verdade eleitoral como a Madame Cureau, dois líderes mundiais em segurança da tecnologia da informação.
Madame Cureau, inclusive, está totalmente mobilizada para impedir que valha a lei, aprovada pelo Congresso e sancionada por Lula, determinando que haja, para conferência, a impressão do voto eletrônico.
Está preocupadíssima que estratagemas permitam que, com isso, se identifique o voto, coisa que a equipe da UNB já provou que é possível no “perfeito” sistema utilizado atualmente, de voto exclusivamente virtual.
Como é triste ver um país atrasado como a França, dependendo deste método arcaico onde o cidadão vota e seu voto fica lá, “imexível”, imutável.
Fernando Brito
No Tijolaço
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