A série de paralisações que atinge serviços federais e desafia o governo
da presidente Dilma Rousseff é protagonizada por servidores cujas
carreiras têm salários iniciais em torno de R$ 10 mil. Em algumas
categorias, como a dos auditores fiscais da Receita Federal, essas
cifras chegam perto dos R$ 20 mil no topo da carreira.
Uma
análise dos dados do Ministério do Planejamento mostra um pouco do que
pode ser o impacto dos aumentos reivindicados pelos servidores na folha
de pagamento. Mais da metade (53%) dos funcionários do Executivo ganha
acima de R$ 4.500 mensais - 16,2% do total recebe mais de R$ 10.500,
segundo números de abril de 2012. Menos de 20% (18,5%) dos servidores
ganham até R$ 3 mil no Poder.
Essas cifras, assinaladas no
Boletim Estatístico de Pessoal de maio, incluem administração direta,
fundações e autarquias, mas excluem o Ministério Público da União, Banco
Central, empresas públicas e sociedades de economia mista. Apesar de
pequenas variações - a folha cresce vegetativamente todo mês -, são bem
próximas do que ocorre hoje, segundo o Planejamento.
Um
dos grupos mais fortemente mobilizados do movimento grevista, o
funcionalismo das agências reguladoras recebe, no seu grupo de elite - o
cargo de especialista - salários que, do início ao fim da carreira, vão
de R$ 10.019 a R$ 17.479. Nos postos de analista, a remuneração vai de
R$ 9.623 a R$ 16.367, e em postos de nível superior, varia de R$ 7.285 a
R$ 12.131. Profissionais de nível médio, com cargos de técnico
administrativo, recebem de R$ 4.760,18 a R$ 7.664,76.
O
Sinagências, representante desses servidores, diz que há defasagem de
25% desde 2008 e pede a remuneração por subsídio, como nas carreiras
jurídicas, na diplomacia e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Do Yahoo
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