Por Altamiro Borges
O blogueiro Josias de Souza, da Folha, acaba de revelar os
números da nova pesquisa Datafolha. “O líder Celso Russomanno caiu cinco pontos
percentuais. Em sondagem divulgada no dia 20, tinha 35%. Agora, amealha 30%. José
Serra (PSDB) oscilou um ponto para cima. Foi de 21% para 22%. Aparece à frente
de Fernando Haddad (PT), que oscilou três pontos percentuais para o alto, de
15% para 18%... Significa dizer que Serra e Haddad continuam disputando o
segundo lugar estatisticamente empatados”.
Como ele mesmo aponta, os dados do Datafolha diferem
bastante dos números expostos na última pesquisa do Ibope – ele poderia
acrescentar que também não batem com a sondagem do Vox Populi. Ambos os
institutos apontaram que o candidato petista estaria à frente do tucano. No caso
do Ibope, a pesquisa divulgada há dois dias registrou Haddad com 18% das
intenções de voto, aparecendo pela primeira vez na campanha pela prefeitura da
capital paulista em posição numericamente superior à de Serra, com 17%.
É certo que as diferenças entre as pesquisas são pequenas,
dentro da chamada margem de erro. Mas é muito estranho que Ibope e Vox Populi
apontem uma residual vantagem do candidato petista e que somente o Datafolha
(também conhecido como DataSerra) registre a vantagem do eterno candidato do
PSDB. Métodos distintos de amostragens, erros estatísticos ou manobra para
proteger o tucano em extinção? A pesquisa Datafolha, porém, traz dois dados
interessantes para reflexão nesta reta final da campanha.
O primeiro é que a diferença entre Haddad e Serra diminuiu.
No Datafolha de quinta-feira passada, o tucano tinha aberto seis pontos de
vantagem sobre o petista – 21 a 15%. Alguns “calunistas”
apressados da mídia até soltaram rojão, afirmando que Serra já estaria
garantido no segundo turno. Agora, a diferença diminuiu para quatro pontos
percentuais, “dentro da margem de erro” – alerta Josias. Talvez na próxima
semana o Datafolha até reduza uma pouco mais esta diferença para não cair no
total descrédito!
O segundo dado curioso é a queda de cinco pontos de Celso
Russomanno, o “azarão” que cresceu no vácuo da disputa entre Haddad e Serra e
que agora passou a ser questionado como político “laranja” – sem propostas, sem currículo,
sem nada. O midiático candidato do PRB parece que já percebeu que acabou a
calmaria. Tanto é que ele fugiu do debate na TV Record e tem evitado o contato
direto com os eleitores. A sua agenda agora só prevê carreatas para “evitar
provocações” nas ruas.
Do Blog do Miro
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