O PiG (*) dá náuseas.
Compare, amigo navegante, esses dois textos do Globo, na página 7 desta segunda-feira.
BRASÍLIA – De tênis, jeans e camisa social azul, o ministro relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, foi o centro das atenções numa festa mais modesta que o casamento da filha do revisor, Ricardo Lewandowski. Sábado, ele compareceu ao aniversário de 50 anos da amiga Kátia Turra, jornalista e companheira de trabalho nos anos de estudos em Brasília. Os convidados queriam saber sobre o julgamento do mensalão. A respeito do sucesso que tem feito nas ruas e nas redes sociais, Barbosa minimizou a possibilidade de optar por um cargo político:
— Eu não me empolgo com essa notoriedade. Os políticos me odeiam por isso.
Alguém disse que, com a condenação de poderosos, ele havia resgatado o sentido de cidadania e democracia:
— O grande fato a se comemorar é julgamento dessa natureza estar acontecendo na mais alta Corte do país.
Em meio ao julgamento do mensalão, o ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo, deu uma pausa no trabalho e, sábado, casou a filha, Lívia, em grande estilo. Na lista de convidados, empresários, magistrados, celebridades, políticos e até a presidente Dilma Rousseff, que não compareceu. O local escolhido foi o novo reduto dos milionários paulistas: o Hotel Fasano, no Condomínio Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, a cem quilômetros da capital. Com diárias de R$ 1.800 a R$ 5.400 (a suíte master), todos os 39 apartamentos do hotel foram reservados para os convidados.
Compareceram ao casamento de Lívia com o empresário Sérgio Magalhães o ministro Marco Aurélio Mello, o prefeito Gilberto Kassab, deputados e a apresentadora Xuxa Meneghel. Assim como Dilma, Lula e o governador Geraldo Alckmin não compareceram. Lula avisou que participaria do aniversário de 2 anos do neto Pedro.
Funcionários informaram que a festa contou com cerca de 280 convidados, e o cardápio incluía caviar, além de um bolo de mais de um metro de comprimento.
O PiG (*) dá náuseas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do
mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até
sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que
têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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