Guerrilheiro Virtual

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - É PREOCUPANTE A CONDUTA AUTORITÁRIA E AGRESSIVA DO RELATOR - IMAGINA QUANDO CHEGAR A COPA !

Se hoje, na condição de Ministro que se diferencia dos seus pares, por estar relatando a Ação PENAL 470 - Mensalão - o Ministro Joaquim Barbosa já não aceita ser "contrariado - contestado", IMAGINA QUANDO ELE CHEGAR À PRESIDÊNCIA do STF !

Longe de mim a intenção de atacar ou desmerecer o Ministro Joaquim Barbosa. Como diria o ilustríssimo Deputado Romário - "ME INCLUA FORA DESSA".

Não estou entre os que pensam que o Ministro Joaquim Barbosa chegou ao STF por ser negro, através do que os seus detratores no passado qualificavam como sistema de "COTAS". Vejo no Ministro Barbosa, alguém que por sua aplicação, estudo e merecimento, alcançou numa trajetória profissional brilhante, o "SABER JURÍDICO" que lhe valeu tal indicação. Discordo ainda dos que atribuem à uma questão político-partidária o rigor com que ele conduz seu parecer e voto, condenando quase que todos os  RÉUS até aqui. O Ministro tem a sua visão dos fatos, do processo (que poucos conhecem como ele) e com base naquilo que entende ser irregular e criminoso se posiciona, não lhe atribuo má-fé. Acho legítimo, porém, que ocorra discordância quanto ao entendimento do RELATOR, e quanto à culpa, no todo ou em parte, dos Réus. 

Pessoalmente me surpreende essa nova forma do STF encarar os descaminhos da corrupção. Esse rigor, essa interpretação de que por parecer é, e uma certa "flexibilização" (NEGADA DE PÉS JUNTOS PELOS MINISTROS) quanto à necessidade cabal de restar comprovado o ato criminoso para gerar condenação. 

O futuro nos dirá se assim, para o bem ou para o mal, serão as interpretações e sentenças.

Mas, voltado ao Relator, a questão que me tem deixado perplexo e preocupado, é a sua postura arrogante e pouco educada. São os seus questionamentos dirigidos ao Ministro Revisor, Ricardo Lewandowsky,  de uma FORMA AUTORITÁRIA, desrespeitosa até. O Ministro Joaquim Barbosa parece não conseguir conviver com a figura do contraditório, com a posição diferente assumida por seus colegas de SUPREMO.

Sua forma de apartear colegas durante o voto destes, afronta por vezes as normas da boa educação e do ritual das sessões do STF. O debate, a discordância, a defesa apaixonada de uma "tese", tudo é legítimo, faz parte do que se espera de um TRIBUNAL QUE JULGA EM ÚLTIMA INSTÂNCIA. O que não se pode aceitar nem considerar como algo que contribua para o ambiente democrático, é o engalfinhamento via oratória e nem as expressões e afirmações do Ministro Barbosa, desqualificando e criticando ferozmente seus pares. Dizer que um Ministro do STF não é transparente, que não vota direito, que adota posição hipócrita e que demora demais para votar, não são com certeza palavras de quem possui equilíbrio e senso de limites. 

Tomara que o Ministro Joaquim Barbosa consiga repensar sua conduta, e ainda na condição de RELATOR, antes de assumir o posto de PRESIDENTE DO STF, afaste qualquer dúvida de que está apto à presidência, mostrando que a FAMA transitória, vaidade, arrogância e autoritarismo não lhe governam os passos.
 

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