Se hoje, na condição de Ministro que se diferencia dos seus pares, por
estar relatando a Ação PENAL 470 - Mensalão - o Ministro Joaquim Barbosa
já não aceita ser "contrariado - contestado", IMAGINA QUANDO ELE CHEGAR
À PRESIDÊNCIA do STF !
Longe de mim a intenção de atacar ou desmerecer o Ministro Joaquim
Barbosa. Como diria o ilustríssimo Deputado Romário - "ME INCLUA FORA
DESSA".
Não estou entre os que pensam que o Ministro Joaquim Barbosa chegou ao
STF por ser negro, através do que os seus detratores no passado
qualificavam como sistema de "COTAS". Vejo no Ministro Barbosa, alguém
que por sua aplicação, estudo e merecimento, alcançou numa trajetória
profissional brilhante, o "SABER JURÍDICO" que lhe valeu tal indicação.
Discordo ainda dos que atribuem à uma questão político-partidária o
rigor com que ele conduz seu parecer e voto, condenando quase que todos
os RÉUS até aqui. O Ministro tem a sua visão dos fatos, do processo
(que poucos conhecem como ele) e com base naquilo que entende ser
irregular e criminoso se posiciona, não lhe atribuo má-fé. Acho
legítimo, porém, que ocorra discordância quanto ao entendimento do
RELATOR, e quanto à culpa, no todo ou em parte, dos Réus.
Pessoalmente me surpreende essa nova forma do STF encarar os descaminhos
da corrupção. Esse rigor, essa interpretação de que por parecer é, e
uma certa "flexibilização" (NEGADA DE PÉS JUNTOS PELOS MINISTROS) quanto
à necessidade cabal de restar comprovado o ato criminoso para gerar
condenação.
O futuro nos dirá se assim, para o bem ou para o mal, serão as interpretações e sentenças.
Mas, voltado ao Relator, a questão que me tem deixado perplexo e
preocupado, é a sua postura arrogante e pouco educada. São os seus
questionamentos dirigidos ao Ministro Revisor, Ricardo Lewandowsky, de
uma FORMA AUTORITÁRIA, desrespeitosa até. O Ministro Joaquim Barbosa
parece não conseguir conviver com a figura do contraditório, com a
posição diferente assumida por seus colegas de SUPREMO.
Sua forma de apartear colegas durante o voto destes, afronta por vezes
as normas da boa educação e do ritual das sessões do STF. O debate, a
discordância, a defesa apaixonada de uma "tese", tudo é legítimo, faz
parte do que se espera de um TRIBUNAL QUE JULGA EM ÚLTIMA INSTÂNCIA. O
que não se pode aceitar nem considerar como algo que contribua para o
ambiente democrático, é o engalfinhamento via oratória e nem as
expressões e afirmações do Ministro Barbosa, desqualificando e
criticando ferozmente seus pares. Dizer que um Ministro do STF não é
transparente, que não vota direito, que adota posição hipócrita e que
demora demais para votar, não são com certeza palavras de quem possui
equilíbrio e senso de limites.
Tomara que o Ministro Joaquim Barbosa consiga repensar sua conduta, e
ainda na condição de RELATOR, antes de assumir o posto de PRESIDENTE DO
STF, afaste qualquer dúvida de que está apto à presidência, mostrando
que a FAMA transitória, vaidade, arrogância e autoritarismo não lhe
governam os passos.
Do 007BondeBlog
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”