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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Suspeitas rondam campanhas eleitorais de tucanos em 2002

Provas indiciárias mostram que parte do dinheiro da Visanet abasteceu a campanha para deputado federal de Edson Aparecido (PSDB/SP) em 2002. Hoje, o tucano é secretário estadual de Assuntos Metropolitanos do governo Alckmin (PSDB), e coordenador de campanha de José Serra (PSDB) na eleição deste ano.

O inquérito 2.474/STF, nas mãos do Ministro Joaquim Barbosa, traça o caminho do dinheiro da Visanet para a DNA Propaganda, nos anos de 2001 e 2002, durante o governo FHC.

Grande parte desse dinheiro foi repassado para a empresa Takano Editora e Gráfica, o que foi identificado já na CPI dos Correios.
Despesas Jose Aparecido
Investigações da Polícia Federal concluíram que boa parte dos serviços não foram prestados, o que chamou mais ainda a atenção sobre esta empresa que, estranhamente, pediu falência um mês após Roberto Jefferson dar a famosa entrevista em que descreveu o que passou a ser chamado de "mensalão".

Não é preciso ser policial federal para consultar as doações de campanha da Takano nas eleições de 2002. A maior doação declarada ao TSE dessa empresa foi R$ 103.300,00 ao deputado Edson Aparecido (PSDB-SP).

Esses R$ 103 mil foram receitas declaradas como doação de valor estimado. Na planilha ao lado, na coluna das despesas aparece o mesmo valor, porém sem identificar o fornecedor – o que indica que possa ter sido a própria Takano que doou material gráfico de campanha a Aparecido e declarou o valor do material como doação.

Nas eleições de 2002, Geraldo Alckmin também declarou ter recebido uma doação de R$ 4 mil desta mesma empresa.

O inquérito 2.474 aponta que alguns milhões transitados pela Takano não tiveram destino identificado ainda, o que leva a suspeitar de ter alimentado caixa 2 de campanhas tucanas em 2002.

Estes fatos comprovam mais uma vez que o "mensalão tucano" não foi apenas um "mensalão mineiro", como a imprensa demotucana tenta convencer o público. E este caso é só a ponta de um grande iceberg.

Apesar das provas concretas de que transações como esta ocorreram antes do que aqueles que envolveram petistas e que agora está sendo julgado (de forma bastante questionável, diga-se), tanto o Procurador-Geral da República (Roberto Gurgel), como o ministro relator do processo, Joaquim Barbosa, tomaram a decisão – política! – de dedicarem-se aos fatos ocorridos posteriormente, a partir de 2003, deixando o envolvimento de tucanos para segundo plano. Assim com fizeram no caso Eduardo Azeredo de 1998.

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