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sábado, 27 de outubro de 2012

Viradas marcam segundo turno em três capitais nestas eleições

SÃO PAULO - Viradas eleitorais devem marcar a disputa de uma em cada cinco capitais onde haverá segundo turno hoje. Além da eleição em São Paulo, pesquisas de intenção de voto na reta final apontam reviravoltas em Curitiba e Belém. Nas duas primeiras cidades, a virada, se confirmada pelas urnas, levará à vitória candidatos apoiados pelo Palácio do Planalto.

É o caso de Fernando Haddad (PT), em São Paulo, e Gustavo Fruet (PDT), em Curitiba. Ao todo, 17 capitais terão segundo turno nesta eleição. Na maioria delas, lidera a corrida pela prefeitura o vencedor no primeiro turno.

O número de reviravoltas pode ser ainda maior. Em quatro cidades - Fortaleza, Cuiabá, Porto Velho e Florianópolis -, a eleição está tecnicamente empatada. Na capital catarinense, por exemplo, na semana passada, Gean Loureiro (PMDB), que havia terminado o primeiro turno em segundo lugar, estava na liderança. Já a pesquisa Ibope divulgada na sexta-feira mostrou ele e Cesar Souza (PSD) empatados, estando este numericamente à frente por dois pontos percentuais - 51% a 49%.

O cenário eleitoral das últimas semanas também revela que as reviravoltas ocorridas no segundo turno não foram causadas por polêmicas ou trapalhadas cometidas na campanha por um dos concorrentes. Em São Paulo, os eleitores também parecem não ter atendido a recomendação de voto do candidato em que votaram no primeiro turno.

Pesquisas Ibope na reta final da eleição mostraram que os órfãos de Celso Russomanno (PRB), que ficou em terceiro lugar, tendem a votar, majoritariamente, em Haddad, apesar de o candidato derrotado ter pregado o voto branco ou nulo.

Em Curitiba, Fruet, que garantiu a vaga no segundo turno na última hora, tirando do páreo o candidato à reeleição, Luciano Ducci (PSB), lidera graças aos votos do prefeito, terceiro colocado no primeiro turno. Na capital paranaense, Ratinho Júnior (PSC) venceu o primeiro turno - 34% contra 27% dos votos válidos.

Em Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), apoiado pelo governador Simão Jatene (PSDB), ultrapassou Edmilson Rodrigues (PSOL).

Planalto atua em cidades com maiores mudanças

As maiores viradas previstas pelas pesquisas estão onde o Palácio do Planalto atuou diretamente no segundo turno. Gustavo Fruet (PDT), na capital paranaense, recebeu o apoio nas últimas semanas de cinco ministros da presidente Dilma Rousseff - Gleisi Hoffman (Casa Civil), Paulo Bernardo (Comunicação), José Eduardo Cardozo (Justiça), Alexandre Padilha (Saúde) e Brizola Neto (Trabalho). Todos estiveram em eventos de campanha do pedetista, que teve também declaração de apoio do ex-ministro José Dirceu, réu do julgamento do mensalão.

Fruet teve 27% dos votos válidos no primeiro turno e agora aparece com 60%. O pedetista teve apoio declarado do prefeito Luciano Ducci (PSB) e do governador Beto Richa (PSDB).

A reviravolta em Curitiba não ficou restrita ao segundo turno. No primeiro, até a véspera da votação, Fruet era terceiro colocado.

A dianteira do pedetista, ex-PSDB, levou o deputado Ratinho Júnior (PSC) a acusar a derrota antes mesmo da votação. Na sexta-feira, ele fez declarações admitindo erros de estratégia no segundo turno.

Em São Paulo, a primeira fase da eleição também teve reviravolta. Celso Russomanno (PRB), que liderou por mais de um mês a disputa, viu sua intenção de voto murchar na semana anterior à votação, após intenso ataque principalmente de Fernando Haddad (PT).

O petista, que obteve 28% dos votos válidos no primeiro turno, apareceu na última sondagem Ibope com 57% dos votos válidos contra 43% de José Serra (PSDB).

Diferentemente da situação em Curitiba, Dilma esteve pessoalmente no palanque de Haddad, além de aparecer quase diariamente no horário eleitoral gratuito, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal padrinho da candidatura petista na capital paulista.

Belém é a única capital onde a virada na disputa pode beneficiar um candidato da oposição no cenário nacional. Zenaldo Coutinho (PSDB), que terminou o primeiro turno em segundo lugar, com 30% dos votos válidos, abriu, segundo pesquisa Ibope, uma dianteira de nove pontos percentuais em relação ao adversário Edmilson Rodrigues (PSOL) - 51% a 42%. No primeiro turno, o candidato socialista teve 32% dos votos dos eleitores.

Na capital paraense, o PT declarou apoio ao candidato socialista, mas o apoio do governador Simão Jatene (PSDB), principal cabo eleitoral de Coutinho, promete ter sido mais eficiente.

Do Yahoo

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