Ricardo Noblat foi o primeiro
jornalista a sair em defesa do diretor de Veja, alvo de um pedido de
indiciamento por formação de quadrilha; segundo o relator da CPI, Odair
Cunha, Policarpo Júnior tinha plena consciência de que colaborava com
as atividades do grupo criminoso; na ótica de Noblat, era apenas uma
relação entre fonte e jornalista
O deputado Odair Cunha (PT-MG), que relatou a CPI do caso Cachoeira e
tentará ler, nesta quinta-feira, às 10h30, seu relatório final, tem
tudo para ser convertido no inimigo número 1 dos grandes meios de
comunicação do País. Tudo porque decidiu propor o indiciamento criminal
de alguns jornalistas – é o caso, por exemplo, de Policarpo Júnior,
diretor de Veja, incurso, segundo Odair, no artigo 288 do Código Penal,
por formação de quadrilha.
No capítulo dedicado aos meios de comunicação, Odair aponta que
Policarpo tinha plena ciência de estar colaborando com os objetivos
econômicos da quadrilha de Carlos Cachoeira – era assim, por exemplo,
quando produzia reportagens que atendiam a interesses da construtora
Delta. Em relação a outros profissionais, Odair Cunha chegou a sugerir
até o indiciamento pelo crime de lavagem de dinheiro, além de formação
de quadrilha.
No entanto, já é grande a pressão para que o texto de Odair caia no
esquecimento. Corporativa, a mídia fará de tudo para blindar a revista
Veja, bem como seu diretor Policarpo. O primeiro a sair em defesa do
profissional foi Ricardo Noblat, num texto publicado à noite.
Leia um trecho:
"Lula não perdoa a Veja por ter batido forte nos seus dois governos.
E denunciado as falcatruas produzidas ou toleradas por eles. Onde Lula
e o PT viram relação promíscua e criminosa, a Polícia Federal e o
Ministério Público viram uma relação normal entre fonte de informações e
jornalista. Mesmo assim, o relator da CPI, deputado Odair Cunha
(PT-MG), pediu o indiciamento de Policarpo e de mais quatro jornalistas
por crime de formação de quadrilha. E recomendou ao Ministério Público
que investigue mais seis. É o troco que o PT dá na imprensa…"
Leia também o trecho do relatório de Odair Cunha
que diz respeito aos meios de comunicação e tire suas próprias
conclusões. Para amanhã, são aguardados novos artigos em defesa de
Policarpo & companhia.
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