Guerrilheiro Virtual

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O golpe do vigário é tirar o mensalão tucano da fila, de novo

A bola da vez.
Marco zero pós-eleições contra o golpe paraguaio no tapetão do judiciário é não deixar o mensalão tucano ir para o fim da fila de novo, nem se deixar capturar pela surrada pauta negativa demotucana que estão tentando reciclar para 2014.

Depois de 3 meses ininterruptos de "overdose" de notícias sobre o julgamento do chamado "mensalão", foi só passarem as eleições com derrota da oposição e vitória do PT e PSB, para que o julgamento em si, que ainda não acabou, saísse da pauta principal.

Os jornalistas demotucanos que falavam em novos tempos de fim da impunidade, de passar o Brasil a limpo, deveria estar cobrando o quê? A fila andar. E quem está na fila? O julgamento do mensalão tucano, cujos fatos aconteceram pelo menos 5 anos antes do petista e que prescreverá em 2014.

Mas a imprensa demotucana já aplica o golpe do vigário em seus leitores / telespectadores novamente. Da mesma forma que pressionaram o STF para furar a fila, passando este julgamento de petistas à frente do mensalão tucano (e cronologicamente casado com a campanha eleitoral), já tratam de fazer lobby para furar a fila de novo, jogando o mensalão tucano para o fim da fila, senão a candidatura de Aécio Neves (PSDB) se evapora.

E a estratégia destes barões da mídia é usar o nome do presidente Lula com duplo objetivo: desgastá-lo e desviar as atenções do mensalão tucano, para manter a pauta do noticiário negativo presa aos petistas, e sobretudo ao seu maior líder, o presidente Lula.

É nessa armadilha que os lulistas não podem cair. Todos os líderes políticos aliados a Lula, seja do PT ou aliados, não podem ficar presos à pauta negativa que a oposição quer impor. Toda vez que forem perguntados sobre mensalão, devem falar que a hora é de julgar o mensalão tucano, antes que prescreva. Toda vez que perguntarem sobre delação premiada de Marcos Valério, devem responder acreditar que só atingirá tucanos, pois as investigações ficaram abafadas no período entre 1999 e 2002, entre os dois mensalões, durante o governo FHC.

Inclusive não há o que temer. Se Valério tivesse como envolver Lula, já teria feito antes mesmo das eleições de 2006, dentro da estratégia de "sangramento". Assim os demotucanos nem precisariam ter criado a armadilha dos "aloprados". Com um tucano eleito (talvez o candidato nem tivesse sido Alckmin e sim Serra ou o próprio FHC, caso Valério tivesse munição forte contra Lula), um novo Brindeiro assumiria a Procuradoria Geral e trataria tudo como crimes eleitorais já prescritos, engavetando tudo. Paradoxalmente, se Lula perdesse em 2006, Dirceu, Genuíno e Delúbio também estariam livres de processos junto com Eduardo Azeredo, num grande acordão demotucano com Valério.

Portanto ninguém precisa ter medo da verdade, porque, dentro da verdade, Lula não tem envolvimento nenhum. Resta lutar contra a mentira, inclusive na quimera (como bem definiu o ministro Fux do STF) contida dentro e fora dos autos da Ação Penal 470. Mas sem cair na armadilha de ser capturado pela eterna pauta oposicionista do mensalão de 2005, em vez de cobrar o julgamento do ocorrido em 1998 e do mensalão ainda oculto de 1999 a 2002.

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