Nicolas Maduro é
presidente interino; declaração foi feita pelo ministro dos Negócios
Estrangeiros da Venezuela, Elías Jaua, logo após a morte do presidente;
"Foi o mandato que o comandante-presidente Hugo Chávez nos deu", disse;
em comunicado, Henrique Capriles adota discurso conciliador: "fomos
adversários, nunca inimigos. Esta é uma mensagem de respeito e
solidaridade. É uma mensagem a todos os venezolanos, sem discriminações,
sem exceções"
Da Agência Lusa
Brasília - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Elías Jaua, anunciou hoje (6) que, em função da morte de Hugo Chávez na terça-feira (5), o vice-presidente, Nicolas Maduro, assumirá o cargo de presidente interino e que dentro de 30 dias haverá eleições presidenciais. "Foi o mandato que o comandante-presidente Hugo Chávez nos deu", disse Jaua ao canal de televisão Telesur.
Jaua não especificou se a eleição seria realizada dentro de 30 dias
ou se a data seria escolhida neste prazo. O governo da Venezuela e a
oposição apresentaram, nos últimos meses, interpretações divergentes da
Constituição no caso da morte de Chávez, que foi reeleito presidente em
outubro.
O líder da oposição Henrique Capriles, que perdeu as eleições para
Chávez, pediu ao governo para "agir estritamente no âmbito do seu dever
constitucional". A oposição defende que a Constituição indica que o
presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, deve assumir a
liderança do país no caso de morte do presidente.
Mas antes de ir para Cuba para uma nova operação de câncer em
dezembro, Chávez disse que Maduro devia assumir o poder caso ele ficasse
incapacitado.
A Constituição indica que o presidente da Assembleia Nacional deve
assumir o poder se o presidente morrer antes de tomar posse do novo
mandato. Chávez não compareceu à posse agendada para 10 de janeiro, mas o
Supremo Tribunal aprovou um adiamento e decidiu que não haveria
interrupção entre governos.
Oposição
Opera Mundi - O candidato derrotado por Hugo Chávez na última eleição
venezuelana e possível adversário do PSUV (Partido Socialista Unido da
Venezuela), Henrique Capriles, voltou à Venezuela e leu, ao lado de seus
correligionários, um comunicado da coligação opositora MUD (Mesa da
Unidade Democrática) sobre o falecimento do presidente.
"Presidente Hugo Chávez, fomos adversários, nunca inimigos. Esta é
uma mensagem de respeito e solidaridade. É uma mensagem a todos os
venezolanos, sem discriminações, sem exceções", disse o opositor, que
também é governador do Estado de Miranda.
"Esperamos que o governo atue com estrito apego ao seu dever
constitucional (...) Esta não é hora de diferenças, é hora de paz, é
hora de união, de compromisso e de demostrar nosso profundo amor pela
Venezuela.
"Venezuela pede a todos que estejamos à altura das circunstâncias. Com unidade, assumimos esse compromisso", afirmou.
Pouco antes, usou o microblog Twitter para comentar morte de seu arquirrival político.
"Minha solidariedade à toda a família e aos seguidores do presidente
Hugo Chávez. Defendemos a união dos venezuelanos neste momento",
escreveu, preferindo adotar um tom mais conciliador.
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