Aécio, o novo presidente do PSDB, flagrado no RJ dirigindo aparentemente bêbado
Do portal tucano UOL/Folha:
Senador defende privatizações [aquelas que não conseguiram concluir nos governos FHC/PSDB, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa etc] e
afirma que disputa com o PT 'não será fácil'
Com fortes críticas a Lula e a Dilma, o tucano Aécio
[provavelmente lembrando-se da privataria e do mensalão tucanos] usa bordão 'é possível fazer melhor', similar ao de eventuais rivais.
Admitindo que "não será fácil" desalojar
o PT do poder [por causa da lembrança ainda viva no eleitor do passado nefasto dos
governos FHC/PSDB], Aécio Neves (MG) assumiu a presidência do PSDB fazendo uma
forte defesa do legado do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) -incluindo o tema tabu das privatizações.
Em meio a ataques aos governos Lula e Dilma
Rousseff, Aécio deu um passo decisivo para pavimentar sua candidatura à
Presidência em 2014, mas foi cauteloso para evitar melindrar correntes
refratárias, como a de José Serra (SP), e aquelas que podem atrapalhá-lo, como
a do governador Geraldo Alckmin (SP).
"Ainda não é hora de tratarmos disso",
disse ele, ao ter o nome lançado por militantes. Para assumir o comando do
PSDB, o mineiro teve apoio de 521 dos 535 delegados.
"Não será fácil a nossa trajetória. Não me
iludo. Mas está longe de ser impossível", disse Aécio, secundado em
discurso pelo padrinho político, FHC: "Nada é fácil. Não será fácil [nem]
sequer a vitória."
Na plateia da convenção tucana, estavam os dois
últimos candidatos do PSDB à Presidência, Serra (2002 e 2010) e Alckmin (2006),
cujas campanhas procuraram esconder o ex-presidente.
Mais tarde, em carta que divulgou para o partido,
Aécio fez não só uma defesa do legado de FHC, mas um mea-culpa: "Erramos por não ter defendido, juntos, todo
o partido, com vigor e convicção devidos, a ‘grande obra’ realizada pelo PSDB”
[parece que se referia à privataria e ao mensalão tucanos e aos enormes e
duradouros malefícios que causaram à economia e à população brasileira].
TIME
A festa de sábado custou R$ 2 milhões “ao partido”,
com grande aparato tecnológico em um centro de convenções em Brasília, e
homenageou FHC. "Ninguém tem o time
que o PSDB tem, a começar por FHC", disse Aécio [não se sabe se com autosarcasmo].
O tucano falou da estabilização de uma economia
convulsionada pela hiperinflação, do Plano Real [obra do peemedebista Itamar
Franco auxiliado pelo seu então ministro Ciro Gomes], da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos
"primeiros programas de
transferência de renda" [em escala diminuta, quase particular].
E surpreendeu: "Somos o partido das
privatizações que tão 'bem' fizeram ao Brasil" [a Justiça brasileira,
inexplicavelmente, retarda a apuração dos beneficiados por esse “bem” auferido
com a privataria].
Na última década, nenhum tucano com aspirações
nacionais defendeu, de forma aberta, as privatizações, ação explorada pelo PT
nas eleições de 2002, 2006 e 2010 como sinal de fraqueza.
Ressaltou, contudo, que o partido “nunca quis
privatizar a Petrobras” -tema que deu dor
de cabeça em 2006. [Considerando os fatos, nem mesmo os tucanos devem ter
acreditado nessa afirmação de Aécio].
FHC também defendeu seu legado e apontou
ressentimento do PT. "Por que não reconhecer o que foi feito, que foi
feito para brasileiros, por brasileiros, para melhorar o futuro do
Brasil?" [risos]
Apesar das críticas aos petistas, uma das imagens
projetadas no imenso telão no evento com cenas de tucanos, mostrou FHC ao lado
de Lula, na época de sindicalista.
O ex-presidente apontou que o PT
"martela" sua visão de mundo, com ações de "desinformação e
propaganda".
UNIÃO
Em meio à divisão do PSDB sobre 2014, Aécio disse
que não assume um "partido esfacelado", mas "unido como
nunca". O senador acenou ao grupo de Alckmin, apoiando sua proposta de
ampliar o tempo de internação de adolescentes infratores.
Aécio fez duras críticas ao PT que, segundo ele,
deixou o país "estagnado". "Se tivessem que comemorar dois anos
[de governo Dilma], seria o pibinho ridículo, irrisório, vexatório", disse
ele [Ver abaixo o gráfico do PIB antes de 2003 (governos Sarney, Collor e FHC/PSDB) e após 2003 (governo
PT)]:
No discurso distribuído pelo PSDB, havia também um
bordão que Aécio não repetiu: "É possível fazer melhor". No
microfone, ele disse três vezes "é possível fazer" [?].
O mote se parece com o "é possível fazer
mais" do governador Eduardo Campos (PSB-PE), bordão também explorado por
Dilma Rousseff nos programas de TV do PT com seu "é possível fazer cada
vez mais". Curiosamente, na disputa de 2010, Serra dizia: "O Brasil
pode mais".
Outros oradores foram ainda mais inflamados. O
governador goiano, [o tucano] Marconi Perillo [envolvido,
segundo a PF, em ações ilegais com o criminoso Cachoeira e seu auxiliar
Demóstenes (ex-DEM), usou de extrema modéstia e autoironia e], chamou Lula de "o maior canalha do
país", relembrando o episódio em que diz ter avisado o petista do
mensalão. Perillo também diz haver dedo do PT [e dos fatos apurados pela PF] nas suspeitas
que o ligam ao empresário Carlinhos Cachoeira.“
FONTE: reportagem de Gabriela Guerreiro, Natuza Nery
e Catia Seabra publicada no portal tucano UOL/Folha
(http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/109624-aecio-assume-psdb-e-diz-que-sigla-errou-ao-esconder-fhc.shtml). [Imagens
do Google e trechos entre colchetes em azul adicionados por este blog
‘democracia&política’].
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