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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Zumbi amplia resgate naval feito por Lula e Dilma

 
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Setor estava sucateado até o início do século, quando empregava duas mil pessoas e há 14 anos não entregava navios ao Sistema Petrobras. No governo Lula, porém, o cenário mudou: a indústria ressurgiu e tornou o Brasil o terceiro maior do mundo em encomendas de petroleiros. "Este setor, que estava sucateado, é hoje um dos mais dinâmicos da economia brasileira", disse o presidente da Transpetro, Sergio Machado, ao 247. Presidente Dilma participa hoje de cerimônia que marca a primeira viagem do Zumbi dos Palmares, em Pernambuco, quinta embarcação do Promef (PAC) entregue ao braço logístico da Petrobras

247– Nesta segunda-feira 20, começa a operar o navio petroleiro Zumbi dos Palmares, quinta embarcação do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota) entregue à Transpetro em um período de 18 meses. A cerimônia, que acontecerá no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no Porto de Suape, em Ipojuca (Pernambuco), contará com a presença da presidente Dilma Rousseff, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do presidente da Transpetro.
A primeira viagem do navio é o símbolo da retomada da indústria naval brasileira, que até a virada do século estava praticamente sucateada. Nas palavras da própria presidente Dilma, vivia um "momento terrível", empregando à época apenas duas mil pessoas. As declarações foram feitas em novembro de 2011, quando foi entregue o navio Celso Furtado no estaleiro de Mauá, em Niterói (Rio de Janeiro). Dilma também afirmou, na ocasião, que a entrega provava que "os brasileiros sabem fazer navios".
O cenário mudou completamente desde o início do governo do ex-presidente Lula, quando foi criado o Promef, em 2004, a fim de reativar a indústria naval brasileira com a adoção de um índice de conteúdo local (65%) e promover a renovação da frota nacional de petroleiros. Apenas de empregos diretos e indiretos, são hoje 54 mil, de acordo com dados da Transpetro, braço logístico da Petrobras. As 49 encomendas feitas pelo programa permitiram a abertura de novos estaleiros e a modernização dos existentes, tornando o Brasil o terceiro maior em número de encomendas de petroleiros do mundo.
Para se ter uma ideia, antes da iniciativa, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a indústria naval brasileira ficou 14 anos sem entregar navios ao Sistema Petrobras. "Este setor, que estava sucateado, é hoje um dos mais dinâmicos da economia brasileira", disse Sergio Machado, presidente da Transpetro, ao 247. "Graças à decisão da Transpetro, os estaleiros renasceram, milhares de trabalhadores foram treinados e o Brasil tem hoje um dos maiores mercados de navios do mundo", afirmou Machado.
Com 274 metros de comprimento – maior que dois campos oficiais de futebol –, 51 metros de altura – mais alto que o Cristo Redentor –, e 48 de largura – o equivalente à Avenida Paulista, em São Paulo – o navio do tipo suezmax (com calado para navegar no Canal de Suez) vai operar no transporte de petróleo bruto e tem capacidade para 1 milhão de barris, metade da produção diária brasileira. Foram utilizados, na construção, mais de 21 toneladas de aço, 860 toneladas de acessórios para o casco, 500 mil litros de tinta e mais de 110 mil metros de cabos elétricos.
Promef
Além das encomendas de 49 embarcações aos estaleiros nacionais, o programa, que representa um investimento de R$ 10,8 bilhões, possibilitou ainda a abertura de novos estaleiros, a modernização dos já existentes e a viabilização de um novo polo naval, que está sendo erguido em Pernambuco. Além dos contratos com o Estaleiro Atlântico Sul, o Promef encomendou oito navios gaseiros ao estaleiro Promar, também no Porto de Suape.
Com o cumprimento das duas premissas elaboradas na criação do programa – construir os navios no Brasil e ter um índice de conteúdo nacional mínimo de 65% - o Promef já vem contribuindo para retirar a indústria naval da inércia e foca agora no cumprimento da terceira: atingir competitividade internacional após a curva de aprendizado. Para isso, a Transpetro criou o Setor de Acompanhamento da Produção (SAP), cuja função é avaliar os processos produtivos dos estaleiros e sugerir alternativas para melhorar a produtividade.
Com as encomendas do programa, foram viabilizados três novos estaleiros no Brasil: EAS e Promar, em Pernambuco, e o Estaleiro Rio Tietê, em São Paulo. Este último está produzindo comboios hidroviários para o transporte de etanol pela Hidrovia Tietê-Paraná. A encomenda é parte do Promef Hidrovia, que tem investimentos de R$ 432 milhões e prevê a construção de 100 embarcações para transportar 7,6 milhões de litros de etanol, segundo a Transpetro.
Além do Zumbi dos Palmares e do navio de produtos Celso Furtado, em 2011, a Transpetro já recebeu no âmbito do Promef o João Cândido, um suesmax construído pelo EAS; o Sérgio Buarque de Holanda, construído pelo Estaleiro Mauá; e o Rômulo Almeida, com capacidade para transportar 56 milhões de litros de derivados de petróleo. A Transpetro tem uma frota de 60 navios, além de operar uma rede de mais de 14 mil quilômetros de dutos e 48 terminais.

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