Segundo a SOA Watch só a decisão de apresentar apelação e já
“desmascara” o discurso do presidente Obama, que afirmava que seria o
governo mais transparente da história. O comunicado afirma que a SOA
Watch e as organizações de Direitos humanos seguirão lutando contra a
negativa do governo de fornecer informações e contra o segredo que
rodeia a Escola.
“O Pentágono sabe que a entrega dos nomes dos que recebem treinamento
na academia militar levaria a mais revelações das atrocidades que se
são cometidas. O pentágono está lutando para manter essa informação em
segredo”, afirmou o fundador da SOA Watch, o padre Roy Bourgeois.
Torturas, extorsão e execução
Em 1996 a Escola das Américas ganhou destaque quando o Pentágono
publicou manuais de treinamentos usados na academia militar que
recomendavam aos soldados aplicar tortura, extorsão e execução. Centos
de alunos da antiga SOA foram acusados de violações aos direitos humanos
e na formação de esquadrões da morte.
Entre os alunos que frequentaram a Escola das Américas estão 11
ditadores, entre eles Jorge Videla da Argentina, Hugo Banzer da Bolívia,
o general Ríos Montt da Guatemala. Graduados da SOA lideraram o golpe
de Estado na Venezuela em 2002 e o golpe de Estado em Honduras em 2009;
outros seguem participando do comando das forças armadas na Colômbia,
México e em outros países da América Latina.
O caso agora vai para a Corte de Apelações do Nono Circuito, um
tribunal federal dos EEUU, com jurisdição de apelação sobre o Distrito
Norte de Califórnia. A SOA Watch pedirá à Corte a defensa do valor da
transparência e o direito do público a conhecer a lista de soldados que
recebem treinamento do Exército dos Estados Unidos.
Dia 9 de agosto serão realizados jejuns e ações em comemoração aos 30
anos da primeira ação contra o treinamento de soldados
latino-americanos em território estadunidense.
No GGN
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