Apesar
de líderes partidários terem anunciado que descartaram a realização do
plebiscito da reforma política para valer já em 2014, nem o governo e
nem o PT desistiram da consulta. Pelo contrário, já avisaram que vão
continuar lutando para tirar o plebiscito do papel.
Os
líderes partidários substituíram a ideia de plebiscito pela criação de
um grupo de trabalho para debater o tema, com a possibilidade de fazer
um referendo depois.
Mas o
ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse
que o governo mantém sua convicção no plebiscito, a melhor maneira de
ouvir a voz da população sobre um tema importantíssimo. "Não vamos
abandonar de maneira nenhuma a ideia da consulta, a ideia da
participação, a ideia da reforma política, são eixos que se estruturam
numa perspectiva de mudar de fato aquilo que o povo quer que se mude,
que é nossa cultura política no país", diz o ministro.
Tem todo
o nosso apoio o ministro. A decisão dos líderes, na verdade, se trata
fundamentalmente sobre o PMDB, já que, se ele apoiar a iniciativa de
PT-PCdoB-PDT (que querem o plebiscito), com certeza juntos poderiam
aprovar a proposta da presidenta Dilma Rousseff.
O
PSB,como vemos, ficou contra a consulta popular. Já os demais partidos
sempre foram contra a reforma política, com exceções como o DEM.
Não
resta ao PT outro caminho que não seja o de apelar para a cidadania e as
ruas, ao mesmo tempo que, junto como PCdoB e o PDT, tentar colher
assinaturas de 171 deputados para um decreto legislativo convocando o
plebiscito.
O PT
deve buscar apoio para uma emenda de iniciativa popular convocando um
plebiscito para a reforma política, mobilizando a maioria da sociedade,
que apoia a consulta e quer as mudanças.
Ir para as ruas do país em busca de milhões de assinaturas exigindo a reforma política via plebiscito.
Combate à corrupção
O
ministro Gilberto Carvalho diz que o plebiscito precisa ter efeito nas
eleições de 2014. "Não consigo imaginar um combate adequado à corrupção
sem uma reforma política. O povo pediu, quer uma mudança política de
profundidade. Acho que a presidenta acertou em cheio quando lançou essa
proposta porque ela corresponde exatamente ao anseio mais profundo das
ruas que é o anseio pela renovação na política", disse.
"Vamos
ver que passo podemos dar, há outras possibilidades que temos que
discutir com a sociedade. Seguiremos dialogando. O governo abriu os
ouvidos para as ruas, teve e tem sensibilidade."
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