O Movimento Passe Livre (MPL) reforça o convite para que todos
retornem às ruas na quarta-feira (14). O grupo irá realizar uma
manifestação, em parceria com o Sindicato dos Metroviários de São
Paulo, por conta do suposto propinoduto esquematizado nos contratos
para as obras do Metrô, que pode ter desviado R$ 400 milhões dos cofres
públicos. O caso, ocorrido em gestões do PSDB, foi denunciado pela
multinacional Siemens.
Protestos de junho / foto: Mídia Ninja
“Nossa posição é que é um absurdo que o dinheiro público esteja sendo desviado do transporte. São mais de R$ 400 milhões desviados, isso daria para reduzir a tarifa a R$ 0,90”, afirma Matheus Preis, militante do MPL-SP.
Na quarta-feira (7), em meio às diversas denúncias envolvendo governos tucanos, movimentos e diversas representações de juventudes das entidades se reuniram em uma uma Plenária Nacional, na sede da Apeoesp, (Sindicato dos Professores de SP), para debater uma agenda de luta unificada para apoiar às investigações envolvendo as denúncias da Siemens sobre formação de cartel e superfaturamento na compra de trens e equipamentos para o Metrô e a CPTM.
Estiveram presentes na plenária o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana, o presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o jornalista e blogueiro Altamiro Borges, e o deputado estadual e presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, entre outros.
O presidente da UJS-SP Carlos Eduardo Siqueira (Carlão) informa que a entidade elaborou um calendário de intensas manifestações para denunciar o governo paulista envolvido em sérias denúncias de corrupção e com isso romper o silêncio midiático sobre o caso.
“As atividades iniciam no próximo dia 13 e vão até o Dia dos Excluídos, em 7 de setembro”, afirma Carlão. Já no dia 13 começa a jornada de protestos com panfletagens nas estações do Metrô e mobilização nas escolas do estado. “No dia 14, estaremos com a mobilização dos Sindicato dos Metroviários no protesto programado para denunciar o propinoduto e pedir a saída do governador Alckmin”, acentua. Carlão garante que todas as semanas ocorrerão manifestações n o estado para mobilizar a juventude pela apuração dos fatos.
A manifestação do dia 14 de agosto ainda não tem um local definido. No dia 6 de agosto, o MPL vai divulgar, em parceria com os metroviários, uma carta à população, informando o local do protesto.
A denúncia do cartel parte do recente acordo feito pela multinacional alemã Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no qual, em troca de imunidade civil e criminal, a companhia revelou como ela e outras empresas se articularam para formar cartéis que atuavam nas licitações públicas do setor de transporte sobre trilhos. Mesmo sendo alvo de investigações desde 2008, as empresas envolvidas continuaram a disputar e ganhar licitações.
Com agências
Do Vermelho
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