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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A raça do DEM está acabando?


O DEM passa por uma crise em Minas Gerais. O partido, que chegou a ter uma das maiores bancadas na Assembleia Legislativa e entre os mineiros na Câmara dos Deputados durante o governo Eduardo Azeredo (PSDB) (1995-1998), está minguando no estado. Hoje tem apenas dois deputados estaduais e quatro federais. E deve encolher ainda mais nas eleições do ano que vem. A previsão é do deputado federal Vitor Penido (DEM-MG). "A tendência do partido em Minas Gerais, infelizmente, é de não crescer nada no ano que vem e, pior ainda, encolher", lamenta o deputado, filiado à legenda há 26 anos, desde os tempos em que o Democratas se chamava PFL (Partido da Frente Liberal). "Vejo com muita tristeza o quadro do partido em Minas Gerais", afirma o parlamentar, que não deve disputar uma vaga na Câmara no ano que vem. Nas contas do deputado, se a legenda não obtiver espaço significativo numa chapa para o governo do estado, só vai conseguir, "com muita sorte", segundo ele, eleger dois deputados federais e dois estaduais.

É temendo esse encolhimento que integrantes da legenda pressionam o PSDB para obter espaço nas chapas para o governo e para o Palácio do Planalto. O partido sonha indicar um nome para o Senado, caso o governador Antonio Anastasia (PSDB) não entre na disputa. O tucano é o candidato natural, mas ainda não deu certeza se vai mesmo concorrer ao Senado. A expectativa é de que essa definição aconteça no início do ano, antes de abril, fim do prazo para a desincompatibilização dos chefes do Executivo que pretendem se candidatar.

Caso essa possibilidade não se concretize, há uma corrente no DEM que defende o lançamento de candidato próprio ao governo para puxar votos para a eleição de deputados. Os cotados são o secretário de Transporte e Obras Públicas, Carlos Melles (DEM), e o deputado federal Lael Varella (DEM), segundo mais bem votado no estado nas eleições de 2010. A candidatura própria enfrenta resistência do presidente da legenda em Minas, deputado estadual Gustavo Correa, aliado de primeira hora do senador Aécio Neves (PSDB-MG), mas em janeiro ele deve deixar o cargo, que será reassumido por Melles. A esperança do DEM é que as conversas passem a ser conduzidas com mais independência. O partido não pretende participar da chapa tucana para a eleição de deputados. A intenção é sair sozinho ou se coligar apenas com legendas menores.

Balão de ensaio Em nível nacional, a legenda ensaia lançar o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) para disputar a Presidência. Para o PSDB, tudo não passa de balão de ensaio para valorizar o passe do DEM na hora do fechamento de alianças, mas o presidente da Juventude do DEM em Minas, Átila Castelo Branco, pré-candidato a deputado estadual, garante que a pressão é real. "Infelizmente o DEM tem cedido tanto que está virando uma sublegenda do PSDB", critica. Ele defende que o partido adote a estratégia do PSB, que se desvencilhou do PT, partido que sempre apoiou, para alçar voo próprio no estado, por isso, segundo ele, cresceu tanto nos últimos tempos.

A legenda, de acordo Átila, apostava na filiação do presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, o que garantiria ao partido a vaga de vice-governador, mas ele acabou deixando o PSDB para ir para o PP , partido que provavelmente deverá ficar com a vaga de vice-governador na chapa tucana. "Uma das vagas na chapa do PSDB ao governo do estado tem de ser nossa por obrigação", reivindica o líder da Juventude do DEM, referindo-se aos cargos de vice-governador ou senador. 
 

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