Depois da materinha contorcionista da Folha
hoje, superestimando a parcela de indecisos – que a gente mostrou que é
igual à que havia, a esta altura, um ano antes da eleição presidencial,
agora é a vez de Kennedy Alencar dizer que “há preocupação” no Planalto
com um eventual candidatura Joaquim Barbosa, que estaria sendo
pressionado pelos partidos de oposição a ser candidato ao Planalto.
Resta saber por quais partidos, uma vez que entre os que têm
candidato ele não poderia ser e, num nanico, precisaria se expor toda
sorte de concessões a conveniências igualmente nanicas. Duvido muito que
Aécio e Campos vão trabalhar para que haja um nome que corra o risco de
eclipsá-los e reduzi-los a simples coadjuvantes. Para eles, já chega o
risco de Serra e Marina, que rezam contritamente por suas saúdes
eleitorais.
Ou seja, todo mundo na oposição quer o Dr. Joaquim, mas em outro
partido e, claro, sem a grandeza que ele próprio imagina que tem.
Leia o texto do Blog do Kennedy:
Planalto crê em pressão para Barbosa se candidatar
O Palácio do Planalto acredita que crescerá a pressão de partidos
de oposição para que Joaquim Barbosa dispute a Presidência da República
no ano que vem. Seria uma forma de tentar aumentar a chance de ocorrer
segundo turno na disputa presidencial.
Depois dos resultados da última rodada de pesquisas do Datafolha,
sobretudo do cenário mais provável hoje, auxiliares da presidente
passaram a avaliar que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal)
receberá pedidos para concorrer.
Nesse cenário, Dilma obteve 47% de intenção de voto. O senador
Aécio Neves (PSDB) marcou 19%. O governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, conseguiu 11%. Os votos brancos, nulos ou em nenhum candidato
somaram os mesmos 16%. E 7% continuaram sem saber quem vão escolher.
Na simulação com o presidente do STF na cédula, Dilma marcou 44%.
Barbosa, 15%. Aécio, 14%. Campos, 9%. Os brancos e nulos ficaram em
13%. E 6% não souberam responder.
A entrada de Barbosa no páreo diminui a vantagem de Dilma contra a
soma dos adversários. Essa dianteira fica em 6 pontos percentuais. No
cenário mais provável, sem o presidente do Supremo, a vantagem de Dilma
chega a 17 pontos.
Por ora, Barbosa tem refutado sondagens e insinuações sobre uma
possível candidatura ao Planalto. No entanto, como ele tem até abril
para se filiar a um partido, essa possibilidade, ainda que pequena
atualmente, faz parte do armário de fantasmas do governo petista.
Do Tijolaço
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