Guerrilheiro Virtual

terça-feira, 29 de abril de 2014

Siderurgia privatizada pede socorro porque não consegue competir com estatais estrangeiras.

Aécio e Gerdau: o candidato dos 1% mais ricos contra os 99% do resto do povo.
Tá explicado o apoio de empresário do aço Jorge Gerdau ao Aécio Neves (PSDB-MG). O tucano é o governo dos 1% mais ricos contra os 99% do resto do povo brasileiro. Logo, advinha para quem Aécio soltaria dinheiro?

Mesmo com o crescimento do consumo de aço no Brasil, seja na construção civil, seja na infraestrutura, seja na fabricação de carros e eletrodomésticos, o setor siderúrgico brasileiro está "pedindo o penico" porque não consegue competir com estatais de outros países como a China, Índia e até do Irã.
Diz que se o governo não aplicar o protecionismo, vão acabar quebrando, porque o mesmo minério de ferro que sai do Brasil e vira aço do outro lado do mundo, ainda assim, volta mais barato do que o aço produzido aqui.

Deixa eu ver se entendi. Na época da privataria diziam que a iniciativa privada era mais eficiente do que estatais, e que iriam produzir mais barato para o consumidor. Agora pedem para conter a importação de aço estatal importado, para ter o direito de "vender mais caro" a mim e a você, quando reformamos nossa casa, quando compramos uma geladeira ou um carro.

De fato é preciso tomar cuidado com "dumping", ou seja, alguns países vendem produtos abaixo do preço durante alguns anos para quebrar a concorrência, e depois sobem o preço novamente recuperando o que perderam e ganhando muito mais nos anos seguintes. Mas no caso do aço não parece ser dumping e sim abundância mundial do produto. Há excesso de produção no mundo, o que derruba o preço, como ocorre com produtos agrícolas quando há excesso de safra. Neste caso, a própria indústria do aço precisa baixar os preços, reduzir os lucros ou mesmo absorver os prejuízos durante algum tempo para sobreviver.

O que não dá é ver empresários como Gerdau, um barão do aço, pedir política neoliberal para o INSS, para a saúde, para a educação, para a cidadania, para a ciência e tecnologia, e pedir subsídio estatal para a empresa dele.

O que não dá é o Sr. Gerdau defender a ALCA no palanque do Aécio, e bater na porta do Planalto para proteger só o seu setor da concorrência estrangeira.

O que é inaceitável é o Sr. Gerdau vir falar que o Estado precisa ser mínimo e haver alto desemprego para não haver inflação, e ele inflacionar o aço que vende, impedindo a queda de preço da geladeira, fogão, máquina de lavar, carros, ferragens para obra.

É compreensível que o governo defenda a indústria nacional do aço quando ocorre alguma concorrência predatória, mas não à custa de prejudicar todas as outras indústrias nacionais que consomem aço.

Eis a notícia da Agência Brasil que fala sobre o assunto:

Siderurgia pede soluções emergenciais para aumentar competitividade

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