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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ex-deputado chama de 'criminoso' vazamento de foto sem camisa

Afastado do cargo de secretário do Ministério do Turismo, o ex-deputado Colbert Martins (PMDB-BA) chamou de "criminoso" o vazamento de sua foto sem camisa, em um presídio do Amapá, e disse que a Polícia Federal passou do limite por "expor indevidamente" os presos na Operação Voucher.

Ele foi preso em São Paulo, em 9 de agosto, e levado a Macapá (AP), onde ocorre a investigação que vincula o ministério à ONG Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável). Ela é pivô do esquema de desvio investigado pela PF por meio de convênios do ministério.
Ao ser transferido para o presídio na capital do Amapá, ele e outros presos foram fotografados sem camisa, com sua identificação.

"A fotografia vazou de uma forma criminosa para um jornal de Macapá e trouxe um constrangimento importante a mim e à minha família. O tratamento não deveria ter sido esse", disse o ex-deputado, que cobrou a punição do responsável pelo vazamento.

Antes de pousar em Macapá, o avião da PF fez uma escala em Brasília para o embarque de outros suspeitos detidos.

"O uso de algemas foi absolutamente ineficaz e desnecessário. Não discuto as normas, mas a exposição: na hora em que você sobe no avião, tem fotografia; desce do avião em Brasília, tem fotografia; sobe de novo, tem fotografia", contou.

Colbert negou que tenha cometido irregularidade ao assinar a última parcela do convênio com a ONG Ibrasi. "É um convênio de 2009. Foi autorizado [o pagamento] porque tinha parecer favorável da área jurídica do ministério e da área técnica. Era a última parcela do pagamento", disse o secretário afastado.

O ex-deputado diz que não tem responsabilidade sobre o convênio supostamente fraudulento porque apenas autorizou a liberação da parcela menos de 30 dias após assumir o cargo de secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo neste ano.

"Minha conta bancária e meu sigilo fiscal estão à disposição. Eu estou à disposição do Congresso Nacional, do TCU (Tribunal de Contas da União) e da própria Justiça para informar o que for necessário para esclarecer o assunto", declarou.

Na semana passada, o ministro Pedro Novais disse que não pretende substituir o ex-deputado na pasta, mas Colbert afirmou que só pretende voltar ao ministério quando o caso for esclarecido.
Colbert Martins aparece algemado depois de desembarcar, escoltado pela Polícia Federal, no Amapá
Colbert Martins aparece algemado depois de desembarcar, escoltado pela Polícia Federal, no Amapá

Nota desse Blogueiro: Todos os dias são expostos na mídia jovens carentes da periferia das grandes capitais, vitimas das quadrilhas que roubam o dinheiro público que deveria ser investido na sua educação e qulificação profissional.

O ex deputado talvez, imaginasse que devesse ser tratado com respeito, e foi, com o mesmo respeito que ele dispensou a sociedade quando roubou o que pertence ao povo.

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