Maria Luiza Ribeiro Viotti,
embaixadora do Brasil
NOVA YORK (Rádio ONU) - O Brasil deixa o Conselho de Segurança da ONU neste sábado(31), após dois anos de trabalhos. Esta foi a décima vez que o país participou do Conselho de Segurança como membro rotativo. A partir de 1º de janeiro de 2012, a vaga brasileira será ocupada pela Guatemala, o novo representante latino-americano na casa.
Grupo Majoritário
Ao falar de um dos temas de maior interesse do Brasil, a reforma do Conselho, Maria Luiza Ribeiro Viotti afirmou que as mudanças, que levariam à ampliação do órgão, devem acontecer, e que seriam apenas uma questão de tempo.
“A tese da reforma é uma tese que hoje tem apoio universal. Não há nenhum país que não reconheça que o Conselho hoje não reflete as realidades políticas, contemporâneas. Então, a necessidade de reforma é hoje um dado. O que permanece em discussão é a modalidade que essa reforma deve adquirir. Há um grupo de países, ao qual pertence o Brasil. É um grupo bastante amplo e majoritário nas Nações Unidas que defende uma reforma que possa permitir a expansão do Conselho de Segurança nas duas categorias: dos membros permanentes e não permanentes. E há um grupo, bastante menor, que defende a expansão do Conselho apenas na categoria de membros não permanentes. Mas, no fundo, este tipo de expansão não é uma expansão que possa promover uma reforma efetivamente estrutural do Conselho de Segurança e refletir a multipolaridade que caracteriza o cenário internacional contemporâneo”, disse.
Voto a Favor do Irã
Ao comentar um dos momentos mais polêmicos, talvez, da passagem pelo Conselho de Segurança – o voto contra uma resolução que condenava o Irã pelo seu programa nuclear – a embaixadora voltou a defender a posição brasileira.
Segundo ela, o caminho para a solução passa pelo diálogo e não por “decisões coercitivas como sanções”. A proposta brasileira foi apoiada na época pela Turquia.
Por último, Maria Luiza Ribeiro Viotti falou de momentos históricos no órgão, como a votação da resolução sobre a violência na Líbia, que foi aprovada durante a presidência brasileira do Conselho, em fevereiro; e da criação do mais novo país do mundo: o Sudão do Sul.
Língua Portuguesa
Ao destacar a língua portuguesa no Conselho, ela lembrou a sessão dirigida pelo presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, durante a presidência rotativa de Portugal, em novembro. O primeiro debate de alto nível sobre a proteção de civis foi realizado todo em português. Uma cena rara, uma vez que a língua utilizada é sempre o inglês ou o francês.
“Creio que durante a presidência portuguesa, em novembro, talvez tenha sido o momento em que mais se falou português no Conselho de Segurança. Foi uma grande satisfação participar do Conselho ao lado de Portugal”, afirmou.
A partir de 1º de janeiro de 2012, o país europeu será o único lusófono no órgão. O mandato rotativo de Portugal termina em 31 de dezembro do próximo ano.
Voto a Favor do Irã
Ao comentar um dos momentos mais polêmicos, talvez, da passagem pelo Conselho de Segurança – o voto contra uma resolução que condenava o Irã pelo seu programa nuclear – a embaixadora voltou a defender a posição brasileira.
Por último, Maria Luiza Ribeiro Viotti falou de momentos históricos no órgão, como a votação da resolução sobre a violência na Líbia, que foi aprovada durante a presidência brasileira do Conselho, em fevereiro; e da criação do mais novo país do mundo: o Sudão do Sul.
Língua Portuguesa
Ao destacar a língua portuguesa no Conselho, ela lembrou a sessão dirigida pelo presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, durante a presidência rotativa de Portugal, em novembro. O primeiro debate de alto nível sobre a proteção de civis foi realizado todo em português. Uma cena rara, uma vez que a língua utilizada é sempre o inglês ou o francês.
“Creio que durante a presidência portuguesa, em novembro, talvez tenha sido o momento em que mais se falou português no Conselho de Segurança. Foi uma grande satisfação participar do Conselho ao lado de Portugal”, afirmou.
A partir de 1º de janeiro de 2012, o país europeu será o único lusófono no órgão. O mandato rotativo de Portugal termina em 31 de dezembro do próximo ano.
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