Os dirigentes das associações de juízes estão muito mais preocupados em angariar votos, que lhes garanta a reeleição, do que em moralizar o Poder Judiciário, que assim como o Poder Legislativo, passa por uma grave crise de ordem moral e ética.
A ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), disse na última quinta-feira que as associações representativas de juízes são "mentirosas", "maledicentes", "corporativas" e estão focadas numa "tentativa de linchamento moral contra ela".
Essa denuncia de linchamento moral que está sendo perpetrada com essa mulher corajosa, que embora tendo sido escolhida para ministra do Supremo Tribunal de Justiça, através dos mesmo critérios dos seus companheiros, sempre agiu com muita independência, toda vê que os interesses do povo brasileiro estava sendo ameaçado.
Não custa nada insistir na tese de que só tem medo de investigação quem tem culpa no cartório, como se diz na gíria. Ate porque, os juízes sérios e comprometidos em fazer uma justiça de excelente qualidade, não estão ou nunca estiveram sob suspeição. A máxima que diz quem não deve não teme, também é verdadeira.
As instituições sérias deste país, que são poucas é verdade, mas que existem, estão sendo convocadas a cerrarem fileiras em defesa da moralidade do judiciário brasileiro.
Diante do alheamento, da alienação e do distanciamento do povo brasileiro, da degeneração moral da sociedade brasileira, nada mais oportuno do que transcrever aqui o poema de auto-ias do pastor luterano Martin Niemöller:
"Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse"
Tentar salvar o Brasil da prostituição moral e da degradação da vida, é uma responsabilidade de todos nós brasileiros. Se todos silenciarem e se acomodarem com a situação atual, que país estaremos deixando como herança para nossos filhos e netos? Pense nisso!
Do Dom Severino
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