Guerrilheiro Virtual

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Militares e tio dividirão poder com herdeiro norte-coreano


 
PEQUIM (Reuters) - O jovem novo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, terá de dividir o poder com um tio e com os militares, o que significa que o regime comunista terá um comando coletivo depois da morte de Kim Jong-il, segundo uma fonte que mantém estreitas ligações com os governos da Coreia do Norte e da China.

A fonte não quis ser identificada, mas já previu corretamente eventos anteriores - foi quem revelou à Reuters que a Coreia do Norte testaria sua primeira arma nuclear em 2006, como de fato ocorreu.


Kim Jong-un sucederá a seu pai como parte de uma dinastia familiar comunista que dirige a Coreia do Norte desde a fundação do país, na década de 1940. Kim morreu no sábado, mas sua morte só foi anunciada na segunda-feira.

A fonte que falou à Reuters qualificou de "muito improvável" a hipótese de um golpe militar. "Os militares juraram obediência a Kim Jong-un", acrescentou.

A liderança coletiva, segundo essa fonte, incluirá Jang Song-thaek, de 65 anos, cunhado de Kim Jong-il e tio de Kim Jong-um. Em 2009, Jang foi nomeado para a Comissão Nacional de Defesa, um órgão de alto escalão que Kim Jong-il dirigia na qualidade de comandante do militarizado Estado norte-coreano.

Na segunda-feira, logo antes do anúncio da morte de Kim, a Coreia do Norte testou um míssil de curto alcance, o que segundo a fonte foi feito como um alerta aos EUA.

"A Coreia (do Norte) quis passar a mensagem de que tem a capacidade de se proteger sozinha", disse a fonte. "Mas dificilmente a Coreia conduzirá um teste nuclear no futuro próximo, exceto se provocada."

O programa nuclear norte-coreano é um persistente motivo de tensões na comunidade internacional. O país testou um artefato militar em 2006 e 2009, e abandonou negociações com EUA, China, Japão, Rússia e Coreia do Sul, as quais eram parte de um processo que visava à concessão de benefícios políticos e econômicos em troca do desarmamento.

A China, principal aliada da Coreia do Norte, convidou na terça-feira o novo líder norte-coreano a fazer uma visita. O presidente Hu Jintao e seu vice, Xi Jinping, prestaram condolências na embaixada norte-coreana em Pequim, cujo acesso ficou fechado.

Pequim pressiona a Coreia do Norte a abrir mão das armas nucleares, e a fonte disse que o país aceitaria isso, sob a condição de que seja assinado um armistício envolvendo EUA, China e as duas Coreias, para substituir o precário cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia (1950-53).

A Coreia do Norte, acrescentou a fonte, também está convencida de que há armas nucleares norte-americanas na Coreia do Sul, e exige sua retirada.

Do Yahoo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”