[OBS deste blog ‘democracia&política’: a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) foi criada em 1948 pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de incentivar a cooperação econômica entre os seus membros]
“Para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a adoção de medidas "temporárias" pode ajudar o Brasil e países vizinhos contra a invasão de produtos importados que não encontram mais espaço em seus mercados tradicionais. Com isso, essas medidas são "muito válidas" e podem transformar-se em arma contra a ameaça de desindustrialização, desde que respeitados os limites da “Organização Mundial do Comércio” (OMC).
Alicia Bárcena
A secretária-executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, frisa que um "ponto importante é se são temporárias ou permanentes. Na crise, algumas medidas temporárias foram tomadas e tiveram seu efeito, para depois serem retiradas aos poucos. A verdade é que a maioria dos países do G-20, com algumas exceções, está tomando providências para proteger seus mercados. Inclusive os países desenvolvidos".
Ela ressaltou que existe uma diferença entre a política comercial brasileira e a argentina. "O que eu vejo no Brasil é um governo e uma presidenta muito atentos e muito cuidadosos com a economia, pensando em uma estratégia a longo prazo, e não apenas conjuntural. Gosto de ver um país que se preocupa, por exemplo, com a manutenção de sua indústria automotiva", afirma a secretária da CEPAL, em referência à recente revisão do tratado que dava isenção das tarifas de importação à troca de veículos entre Brasil e México, seu país de origem.
Já as providências tomadas pela Casa Rosada para sustentar o superávit comercial argentino não despertam nenhum entusiasmo. "Sabe o que acontece com a Argentina? Aqui [no Brasil], anunciam-se medidas temporárias e com regras claras. Isso é muito importante. Na Argentina, quando há mudança de licenças automáticas para licenças não automáticas, ou quando as empresas precisam apresentar um plano de importação para ver o que pode ser aprovado ou não, há um grau de discricionariedade. Essa é a grande fragilidade."
A Cepal prevê crescimento de 3,7% para a economia latino-americana em 2012, mas avalia que o desempenho no primeiro trimestre pode ter transformado essa projeção em "piso". Trata-se de recuo na comparação com as taxas registradas no ano passado (4,3%) e em 2010 (5,9%), mas uma "boa notícia" diante das complicações nos Estados Unidos e na Europa, diz Alicia.”
FONTE: publicado no portal “Vermelho” com informações do jornal “Valor Econômico” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=178678&id_secao=7) [imagens do google e obs entre colchetes adicionadas por este blog ‘democracia&política’].
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