Jornalista Leandro Fortes, autor da reportagem que expôs o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal na lista do valerioduto mineiro, registra que o advogado Dino Miraglia Filho (centro) foi ao STF na quinta-feira passada para entregar ao ministro Joaquim Barbosa o original do documento
247 - O original da lista do valerioduto
mineiro (ou tucano, se preferir) chegou ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Quem registra a chegada é o repórter Leandro Fortes, da revista Carta Capital. Em um texto intitulado O argumento da fraude caiu,
o jornalista conta que o advogado Dino Miraglia Filho foi ao STF na
quinta-feira passada (dia 2) para entregar o documento ao ministro
Joaquim Barbosa. "Miraglia havia embarcado de Belo Horizonte no dia
anterior para entregar ao ministro Joaquim Barbosa o original da lista
do valerioduto mineiro, ou melhor, tucano, um documento de 27 páginas
com o registro contábil, registrado em cartório, de 104,3 milhões de
reais movimentados por meio de caixa 2", escreveu Leandro Fortes. Essa
seria a quantia, segundo o documento, gasta na fracassada campanha à
reeleição do ex-governador e atual deputado Eduardo Azeredo, do PSDB, em
1998.
O repórter, autor da matéria que apontou o ministro Gilmar Mendes
como beneficiário de R$ 185 mil, também reforçou a autenticidade do
documento. "Logo após a divulgação da lista, Marcos Valério, por meio de
seu advogado, apressou-se em afirmar a falsidade do documento. No mesmo
caminho seguiram Azeredo e Mendes, que teria recebido 185 mil reais. A
negativa do publicitário era mais do que esperada. Réu do processo do
mensalão, ele não pode assumir a responsabilidade pela administração de
outro esquema criminoso. O caso de Minas Gerais também está no STF, mas
somente para os envolvidos com direito a foro privilegiado, Azeredo e o
senador Clésio Andrade (PMDB-MG)", argumenta, acrescentando que a lista
não foi publicada junto com a reportagem por um erro de edição.
A reportagem e sua repercussão na internet levaram Mendes a pedir à Polícia Federal que abrisse investigação contra a Wikipédia, enciclopédia virtual, feita de forma colaborativa, que mantém um verbete a seu respeito e, nele, menciona a matéria.
Do Brasil247
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