Guerrilheiro Virtual

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Como não tomam providências, continua a rotina de violência policial

A ROTA - Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, que deveria estar sob o comando do governador tucano Geraldo Alckmin - mas o Ministério Público Federal afirma que perderam o controle sobre a tropa, lembram-se? - continua a carnificina que promove em São Paulo. Ao invés de prender, instaurar processo e investigar, matou mais três suspeitos esta semana, na noite da 4ª feira.
 
Segundo a ROTA, as mortes ocorreram em troca de tiros após tentativa de roubo à casa de um coronel reformado da PM, no Alto da Lapa, Zona Oeste paulistana. Por volta das 23h, conta a ROTA, o coronel foi rendido pelos suspeitos quando chegava de carro em casa. Na versão dela, o militar teria tentado negociar com os ladrões que queriam invadir sua casa e foi agredido com coronhadas e socos.
 
Um vigia particular da rua e a mulher do coronel viram, ligaram para o 190 e, de acordo com a ROTA, quando seus policiais chegaram ao local foram recebidos a tiros pelos suspeitos na garagem da casa. Nesta troca de tiros, os três suspeitos foram baleados e levados ao PS da Lapa, mas não resistiram aos ferimentos e morreram.

Policiais dizem envolver-se em tiroteios e não ficam feridos

De novo, e como já aconteceu tantas vezes antes em se tratando da ROTA, nenhum policial dela foi ferido no tiroteio. Há duas semanas, no dia 16 de julho dois suspeitos morreram em troca de tiros, naquela ocasião, na Zona Leste da capital e em Diadema. Nos dois casos, a ROTA informou que os suspeitos abriram fogo contra os policiais, que revidaram. Nenhum PM ficou ferido.
 
E assim, já que tem licença, a ROTA prossegue na rotina que instituiu em São Paulo: matar. Matar suspeitos antes de prendê-los, instaurar processos, investigá-los. Mata antes, investigar depois - quando investiga.
 
O proprio governador Alckmin, seu supremo comandante - ou que deveria ser - acaba por estimular essa violência e forma de ação policial ao se omitir de condenar claramente esses assassinatos cometidos em represália a covardes e bárbaros crimes contra a população e policiais.

Represália policial vitima a população e os próprios policiais

Basta ouvir as declarações do governador que, como bem disse o MPF-SP, perdeu o comando e o controle sobre a tropa. Ou, acrecento eu, faz de conta que perdeu. Infelizmente, não é a 1ª vez que esquadrões da morte são organizados pelas próprias autoridades ou pela omissão e conivência delas no Brasil.
 
Como se viu e de forma muito comum, por exemplo, durante a ditadura militar, então, denunciados pelo ex-deputado Hélio bicudo. Só esperamos que as instituições democráticas, em nome do Estado de Direito e do novo Brasil que estamos a construir, dêem um basta e impeçam essa prática criminosa.
 

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