Guerrilheiro Virtual

terça-feira, 28 de agosto de 2012

CPMI pode esclarecer suspeitas de irregularidades que envolvem tucanos

Jilmartatto0706

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a relação de agentes públicos e privados com o crime organizado comandado por Carlos Augusto Ramos, o Carlos Cachoeira, ouve nesta semana depoimentos considerados por seus integrantes como “polêmicos” e “esclarecedores”.

Entre os convocados estão o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, o ex-diretor da estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A ), Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, e o ex-presidente da empreiteira  Delta, Fernando Cavendish.


Em recente entrevista concedida à revista IstoÉ, Pagot denunciou o desvio de recursos públicos para abastecer Caixa 2 da campanha do tucano José Serra  à Presidência da República, em 2010.  À revista Época, disse que em sua gestão à frente do Dnit contrariou interesses da Construtora  Delta e de Carlos Cachoeira.


O ex-diretor do Dnit foi demitido após divulgação de matéria elaborada pela revista Veja.  Interceptações telefônicas apontam relação estreita entre o diretor da sucursal da revista em Brasília, Policarpo Júnior com a rede liderada por Cachoeira. O depoimento de Pagot será nesta terça-feira (28).


Na quarta (29), depõem Paulo Preto e Cavendish. Paulo Preto é considerado homem de confiança do tucano José Serra. Ele era o responsável pela obra viária conhecida como Rodoanel, entre outras, e terá de explicar suspeitas de superfaturamento. A ele pesa também a acusação de pressionar o Dnit para liberar recursos para a campanha de Serra à Presidência da República.


De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, deste fim de semana, Paulo Preto mandou recado à cúpula do PSDB dizendo que os atos por ele praticados à frente da Dersa eram de conhecimento de José Serra, atual candidato tucano à Prefeitura de São Paulo.


Já o depoimento de Cavendish pode não ocorrer, pois seus advogados entraram com pedido de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal para que exerça o direito constitucional de ficar em silêncio.

Para o líder da bancada do PT, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), os depoimentos desta semana representam oportunidades de os depoentes “manifestarem de forma transparente tudo que aconteceu entre o crime organizado e o PSDB”.

“Se os depoentes colaborarem com a CPMI, estarão prestando um grande serviço ao Brasil”, ponderou  Jilmar Tatto.


Agenda
– Além desses depoimentos, a comissão ouve o empresário Adir Assad, dono das empresas JSM Terraplenagem e SP Terraplenagem. As empresas são consideradas “laranjas”. O depoente também utilizará da prerrogativa constitucional de permanecer calado.

As reuniões ocorrerão na  sala 2 ala senador Nilo Coelho, às 10h15

Benildes Rodrigues 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”