O criminalista que defendeu Marcos Valério foi o grande destaque do primeiro dia; apenas a ele não faltou a indignação dos que clamam por inocência.
Ricardo Cascais, especial para o 247 –
José Luiz de Oliveira Lima, conhecido como Dr. Juca, foi frio e quase
inseguro. Defensor do principal réu, o ex-ministro José Dirceu, ele
falou sem emoção e eloquência, embora tenha dito a eventual condenação
do seu cliente seria o “maior e mais atrevido atentado contra a
Constituição brasileira”.
Arnaldo Malheiros, que falou na sequência e defendeu Delúbio Soares,
foi técnico. Com gráficos e planilhas, demonstrou não haver correlação
entre os pagamentos a parlamentares e as votações no Congresso. E, com
franqueza, admitiu o crime cometido por seu cliente: o caixa dois.
Luiz Fernando Pacheco, que defendeu José Genoíno, tentou impactar a
corte, mas pecou pela inconsistência. Comparou os petistas aos judeus
que foram vítimas de cortes nazistas e disse que a população absolveu os
réus ao reeleger Lula e, quatro anos depois, eleger Dilma, como se
eleições e ações penais tivessem qualquer relação.
O grande destaque do primeiro dia foi Marcelo Leonardo, ex-presidente
da seção mineira Ordem dos Advogados do Brasil. A ele, cabia defender o
mais enrolado dos réus: Marcos Valério de Souza. E apenas ele falou com
a indignação dos que clamam por inocência. Um a um, foi rebatendo os
crimes que eram imputados ao seu cliente e fechou dizendo que “Valério
não pode ser sacrificado no altar midiático”.
O melhor criminalista do primeiro dia veio de Belo Horizonte.
Do Brasil247
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