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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PT é favorito em Goiânia, epicentro do Cachoeiroduto

De Goiás saiu o maior escândalo político de 2012, o Cachoeiroduto. O esquema, chefiado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, chegou a faturar mensalmente entre 1 e 3 milhões de reais com a exploração do jogo do bicho só no estado, segundo levantamentos da Procuradoria da República.
 
Além disso, o atual governador goiano, Marconi Perillo (PSDB), responde na CPI do Cachoeira por supostamente ter sido conivente com o esquema e beneficiar o bicheiro.
 
As denúncias minaram ainda no primeiro semestre a intenção do PSDB em montar um chapa pura com o pré-candidato Leonardo Vilela (PSDB) ou encabeçada pelo senador cassado, Demóstenes Torres (ex-DEM). Ambos eram acusados de possuir alguma proximidade com Carlinhos Cachoeira. Em face disso, Perillo optou por compor e apoiar a coligação do trabalhista Jovair Arantes (PTB).
 
Ao mesmo tempo em que o governador goiano responde na CPI sobre as suspeitas de suas ligações com o bicheiro, ocorre no STF o julgamento do “mensalão” do PT. Com isso, nas vésperas do primeiro turno, a capital de Goiás vive um ambiente em que os dois candidatos mais cotados para assumir a prefeitura – Paulo Garcia (PT) e Jovair Arantes (PTB)- pertencem ou são apoiados pelos partidos envolvidos nos escândalos, o PT e o PSDB.
 
O candidato petista, Paulo Garcia, é o atual prefeito de Goiânia e, com uma gestão bem avaliada pela população, parece ter saído imune dos respingos do julgamento do “mensalão” e ter sua reeleição praticamente assegurada. De acordo com uma pesquisa do instituto Fortiori/Jornal Opção, realizada entre 17 e 20 de setembro, Garcia aparece com 56% das intenções de voto contra apenas 16,3% de Arantes.
 
A menos de uma semana do pleito, os institutos de pesquisa apontam como pouco provável que Garcia caia nas intenções de voto e não vença já no dia 7. Em ascensão contínua nas pesquisas, o candidato do PT aparecia com 26% dos votos válidos, em junho. Desde então, o atual prefeito só apresentou queda nas intenções de voto uma vez – na primeira quinzena de setembro, quando o instituto Fortiori colocava Garcia com 43,5% dos votos e o instituto Grupom com 39,9.
 
A margem de erro da pesquisa realizada entre 17 e 20 de setembro é de quatro pontos para mais ou para menos.CartaCapital

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