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Por Altamiro Borges
A decadência dos tucanos
O tucano Tasso Jereissati já foi muito poderoso na política
cearense e uma referência da direita no Brasil. Ele circulava entre as
"autoridades" e era bajulado pela mídia “privada”. Hoje, porém, o
ex-governador e ex-senador
do PSDB amarga o ostracismo político. Reportagem publicada ontem no
Estadão,
com o título “Após 26 anos, Tasso fica fora da campanha eleitoral no
Ceará”,
confirma o seu declínio. Ela informa que o tucano “não dá apoio público
nem a
candidato do PSDB em Fortaleza e diz se dedicar às suas empresas”.
“Sem mandato, depois de perder as eleições para o Senado em
2010, o tucano acabou sufocado pelo clã dos Ferreira Gomes, os seus antigos
aliados e hoje a família mais poderosa da política cearense. No curto prazo,
Tasso só vê chances de voltar a se engajar na política se vingar no partido a
candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República”,
afirma o Estadão. Aos 63 anos, o tucano hoje apenas administra as suas empresas
– entre elas, a Coca-Cola local e o Shopping Iguatemi.
“Apesar dos inúmeros pedidos, Tasso se recusou, este ano, a
gravar mensagem pedindo votos para quem quer que fosse. Em mais de duas
décadas, é a primeira eleição em que o ex-governador não tem papel
preponderante. Nem o candidato do PSDB em Fortaleza, Marcos Cals, pôde contar
com seu apoio público. Filho do ex-ministro César Cals, um dos coronéis
abalroados do poder por Tasso na década de 80, Marcos tem 3% das intenções de
voto, segundo o Ibope”.
"O jato é meu, é meu"
Ainda segundo a reportagem, a perda de influência política
de Tasso Jereissati, que governou o Ceará por três vezes, não se dá apenas em
Fortaleza. O seu partido, o PSDB, míngua no estado. A estimativa é que consiga
eleger 15 prefeitos em 184 municípios cearenses. A bancada tucana na Assembleia
Legislativa tem hoje apenas dois deputados. Nos anos 90, ela chegou a ocupar 36
das 46 cadeiras. Na prática, o PSDB está morto politicamente. Já os demos, que
sonhavam com uma vitória em Fortaleza, também rumam para o inferno.
Em 2009, quando ainda fazia seus discursos estridentes e raivosos
no Senado contra o ex-presidente Lula, Tasso Jereissati foi denunciado por ter
usado R$ 469 mil dos cofres públicos para abastecer o seu jatinho particular.
Na ocasião, ele esbanjou arrogância e berrou: “O jato é meu, é meu...
O dinheiro é meu, é meu”. A cena grotesca foi transmitida ao vivo pela TV
Senado e fez muito sucesso no Youtube. Hoje, no total ostracismo político, ele
deve usar o seu jatinho para fugir das vergonhosas derrotas do seu PSDB.
Do Blog do Miro
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